Hoje em dia tem centenas de milhares de seriados humorísticos rolando na TV a cabo, com texto, produção e acabamento de primeira vindos de toda parte. Até do Brasil (#ironia).
Eu adoro dezenas (mesmo!) delas, de “Mike & Molly” a “Weeds”, passando por “The Office”, “Two And a Half Men” e “Modern Family”. Acho muito foda incrível o nível que chegou a liberdade de discurso e a capacidade de supreender, quebrar o raciocínio e flertar com o moralmente proibido. Parece até fácil de fazer. Mas não é.
Às vezes, no entanto, bate a nostalgia de tempos de textos mais ingênuos, aquele velho arco dramático (que lixo de termo) que rende sempre baseado em tretas familiares, amores platônicos e adjacências. A que mais se aproxima desse contexto hoje em dia é “Shit My Daddy Says”, que acho bem boa, aliás.
Sabe do que eu tô falando?
Pois bem, voltou a passar no Brasil a série “Frasier”, que ficou no ar durante 11 anos (de 93 a 2004), um “filho” de outra série antológica, “Cheers”. E foi emocionante ver, na noite de ontem, de novo, o primeiro episódio.
A série conta a história de um psiquiatra que volta pra sua cidade natal após ser abandonado pela esposa e tem que lidar com seu pai, o irmão, uma governanta inglesa gatinha e uma série de situações que quase sempre tem uma resolução sussa e tocante em seu programa de rádio.
Sério, dá uma chance de flertar com esse tempo mais suave na TV enquanto tudo era mais filho da puta da mãe na política e na economia (sim, naquele tempo essas coisas eram mais escrotas, acredite).
“Frasier” rola de segunda a quinta, às 20h30, no Liv (correção: e no Sony, o que derruba meu surto emocional pela “reestreia”, mas não a dica de rever essas séries velhacas e curtir a brisa dos 80/90).
Vê abaixo e curte o cheiro de naftalina do primeiro bloco do primeiro episódio da série, que foi transmitido pela primeira vez em 16 de setembro de 93.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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