Quando vale uma boa ideia? Para o empreendedor indiano Naveen Jain (foto), exatamente US$ 50 mil. Pelo menos é esse o valor recebido pelos seus funcionários quando bolam projetos inovadores para alguma de suas três empresas, como conta o colunista do Huffington Post Nate C. Hiddman, em seu último post para o portal.
Dono de três negócios em Washington, nos Estados Unidos, Jain está convencido de que a recompensa financeira estimula a criatividade dos empregados. Ele começou a pensar assim quando ganhou um lugar do conselho da Fundação X Prize, uma organização sem fins lucrativos que realiza competições com prêmios multimilionários para inovações tecnológicas. Desde então, o empreendedor se sentiu pressionado a estimular novas ideias dentro de suas empresas.
No ano passado, um dos empreendimentos de Jain, a Intelius, realizou seu primeiro concurso anual “iPrize”. O evento instiga toda a equipe da companhia a pensar em ideias de economia ou de novos produtos para o negócio, que serão avaliadas por um júri formado por executivos da empresa. Os vencedores da primeira edição do evento haviam projetado um software para a equipe de vendas da Intelius e um aplicativo de celular para consumidores. Eles receberam um cheque de US$ 50 mil.
O segundo e o terceiro lugar também foram premiados. O primeiro, com um cheque de US$ 20 mil, e o segundo, de US$ 10 mil. Além disso, os outros finalistas da competição ganharam um prêmio de consolação de US$ 2 mil. Para o concurso deste ano, o número de inscritos dobrou. A companhia estima que quase 170 funcionários tenham cadastrado suas ideias para participar do iPrize.
Olhando para a frente
Em sua coluna, Hiddman destaca que ainda não se sabe se a competição realizada pelo indiano trará projetos realmente inovadores para empresa. Simplesmente porque o evento premia planos que ainda não saíram do papel. Uma coisa é certa, no entanto: ele estimula uma atitude empreendedora dentro da companhia e isso é sempre bom.
Segundo um estudo feito recentemente pela consultoria norte-americana McKinsey, citado pelo autor, os prêmios mais reconhecidos hoje em dia, como o Nobel ou o Pulitzer, são para ideias já concretizadas. A pesquisa mostra que, até a década de 1990, 97% das competições realizadas no mundo recompensavam conquistas, e não projetos. Mas isso está mudando. Desde 1991, 78% dos novos concursos criados são para soluções de problemas futuros.
E você? Acha melhor premiar ideias ou conquistas?