Em 2012, o FBI anunciou um projeto de US$ 1 bilhão para analisar imagens e detectar o rosto de suspeitos e foragidos. E parece que isso funciona mesmo: durante testes na Ásia, o sistema ajudou a capturar um homem que estava foragido há 14 anos.
Neil Stammer vinha escapando das autoridades americanas desde 2000: ele foi preso no ano anterior – acusado de abuso sexual e sequestro de crianças – mas pagou fiança e sumiu do mapa.
Stammer poderia ir para qualquer lugar, pois já havia morado no exterior e falava mais de dez idiomas. Quando descobriram que ele havia deixado os EUA usando documentos falsos, parecia improvável encontrá-lo novamente.
Quatorze anos depois, Stammer foi descoberto no Nepal, onde ministrava aulas de inglês e outros idiomas para estudantes. Para morar lá, o foragido precisava renovar seu visto de turista. Só que ele não contava que a embaixada estaria testando um novo software de reconhecimento facial, para revelar casos de fraude.
O Serviço de Segurança Diplomática estava lidando com um pedido de visto apresentado sob o nome de Kevin Hodges. A foto foi inserida no sistema de reconhecimento facial, e mostrou que o rosto dele era incrivelmente semelhante ao de Stammer. O FBI foi avisado, e pôde confirmar: Hodges e Stammer eram a mesma pessoa. Ele foi levado de volta aos EUA.
O caso mostra que o sistema de reconhecimento facial do FBI não é usado apenas em imagens embaçadas de câmeras de segurança: ele serve também para fotos nítidas de passaporte. Será mais difícil atravessar fronteiras usando documentos falsos.
No entanto, ainda há preocupações com privacidade. Até 2015, 52 milhões de moradores dos EUA estarão com suas fotos guardadas pelo FBI – mesmo quem não tiver nenhum antecedente criminal. [FBI via Verge]
Foto por Oleksiy & Tetyana Kovyrin/Flickr
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