Você administra uma página no Facebook, seja da sua empresa, de uma celebridade, um político, um portal jornalístico ou até mesmo de um blog. O texto de chamada está pronto, o link encurtado e a arte já foi produzida. Uma arte minimalista, já que você tem observado que uma imagem direta e simples no Facebook tem imputado melhores impactos do que imagens mirabolantes. Tudo pronto. Agora é só subir e publicar. Porém quando você publica, percebe que um erro foi junto. Um erro simples, como uma palavra digitada de forma incorreta, com alguma letra a mais, ou um erro mais grave, como um erro de português. E agora, o que fazer? Isso aconteceu hoje comigo e divido aqui a experiência.
Bom, a primeira coisa a ser feita deveria ser feita antes de o post ser publicado. Ler, reler e ler novamente para conferir se está tudo okay. É aconselhável, ainda, repassar o post para que uma segunda pessoa leia, pois corremos o risco de estarmos com a vista “viciada” e não enxergarmos o erro. Se mesmo assim o erro “persistiu” em ir pro ar, algumas coisas devem ser levadas em consideração.
Errou? Conserte!
Caso o erro tenha sido na chamada ou no link encurtado (link off, por exemplo), é possível consertar tudo isso editando a publicação o mais rápido possível. Sim, todos nós cometemos erros e temos a obrigação de arrumar a bagunça. Se for um erro de digitação, de gramática ou um link quebrado, arrume! Seus leitores têm o direito de receber um conteúdo sem erros.
E se o erro não for no texto ou no link?
Pode acontecer do erro em questão não ser no texto de chamada ou no link que acompanha o post. O erro pode ir, como aconteceu hoje, na imagem que você enviou. No exemplo em questão, que você pode conferir aqui, a palavra “leis” acabou indo com uma letra a mais, ficando “leias”. A frase, então, saiu como “As 7 leias para uma marca se destacar no Facebook”. Um erro no Facebook justamente em um post sobre o Facebook. O que devo fazer?
A primeira coisa é analisar o erro. A imagem que você subiu está errada? Pode acontecer de você criar uma chamada para uma matéria sobre as fortunas dos políticos e subir uma foto com um lance de futebol. Nesse caso, apague imediatamente a imagem e a substitua, sem jamais deixar de explicar, no próximo post, o porquê de você deletar uma mensagem e subir outra.
Entretanto, caso a imagem esteja correta e a arte apresente um erro de português, duas saídas podem ser escolhidas. A primeira e não muito aconselhável é deletar o post e refazê-lo, subindo uma arte sem o erro. A segunda opção é assumir o erro, pedir desculpas e inserir, na mensagem, que aquele post tem um erro e que ele não será substituído, pois muitas pessoas já compartilharam e visualizaram a mensagem, mas que a página já o identificou.
A partir daí nós temos alguns desdobramentos acerca do comportamento dos usuários. No caso que citei mais especificamente, dá para listar uns 3 tipos:
1. O usuário que te avisa sobre o erro: é o usuário que alerta a página sobre um erro cometido e não tem a intenção de menosprezá-la ou ridicularizá-la, afinal, não existe um profissional sequer em toda a face desse planeta que nunca tenha cometido um erro. Este usuário pode avisá-lo por inbox, pode comentar no post ou pode fazer alguma piadinha simples a respeito. Nada demais.
2. O usuário que parte para a guerra: é o usuário que ~ nunca errou na vida ~ e não se preocupa em ofender, criticar e rebaixar a página que cometeu o erro. Ele procura avisar o maior número possível de pessoas sobre o que aconteceu para que mais e mais pessoas possam fazer parte desse “linchamento” virtual. Palavras de baixo calão podem surgir aqui. Alguns se encaixam nesse post: Nas redes sociais todo mundo é machão.
3. O usuário que compreende o contexto: é o usuário que releva o erro, pois entende que, nesse caso específico, “leias” no lugar de “leis” não é um erro de português, mas sim de digitação. É um erro diferente de, por exemplo, “polícia” e “pulícia”, ou “graça” e grassa”. Erros de digitação acontecem diariamente nos principais jornais do país. É feio? É feio, mas por trás de toda empresa de conteúdo existe um profissional extremamente passivo de cometer um erro. O que não pode rolar é erro de português, mas essa diferença talvez seja exigir demais que alguns compreendam.
E o que eu faço com os comentários?
No casa da página deste blog, com pouco mais de 23 mil fãs, a opção foi replicar comentário por comentário como usuário, e não como página. Tal ação deu um efeito tão positivo que minimizou maiores impacos que poderiam surgir. Ao perceberem que por trás de um erro simples existia uma pessoa, muitos usuários acabaram enxergando o erro de uma outra forma. É claro que isso só foi possível devido ao número pequeno de fãs. Páginas com 500 mil ou até mesmo 3 milhões de fãs a coisa fica mais complicada. Mas, então, o que pode ser feito?
Bom, os comentários dos usuários do item 1 você deve agradecer, já que o alertaram de um erro que cabia a você nunca cometer. Os comentários dos usuários do item 3 são os que defendem a sua empresa, site ou blog, e merecem agradecimentos mais que sinceros, pois entraram no fogo cruzado por você. Já para os comentários dos usuários do item 2 você precisa tomar um pouco de cuidado.
Na maioria das vezes algumas palavras bastam para que o leitor entenda o que rolou e até compartilhe de sua visão. Porém em muitos casos pode ocorrer do usuário ser tão grosso e tão sem educação que irá partir para ofensas pessoais. Nesse ponto, respire fundo e releve que tal usuário é um usuário que ~ nunca errou na vida ~. Explique de forma didática o ocorrido e pronto. Se rolar palavras pesadas, peça para que o mesmo não se repita. Se rolar ofensas pesadas, tente contornar a situação com educação. Se rolar ofensas graves (injúria, difamação, preconceito, racismo), bloquear o usuário e abrir um Boletim de Ocorrência podem ser saídas mais cabíveis, além de acionar a parte jurídica da empresa.
Para quem não viu, o post teve dezenas de comentários. Alguns até acharam que o erro foi proposital para destacar um post perante outros. O blog ficou ~ famoso ~ e foi repercutido na ilustre página Analista de mídias sociais dá depressão. A montagem era esperada e as piadas, previstas. Mas erraram em uma coisa: “serto” no lugar de “certo” confirma um erro gramatical caso fosse inserido em um texto, por exemplo. “Leias” no lugar de “leis” configura um erro de digitação. ”Mãs”, se está na chuva é para se molhar. Só não vale confundir as duas coisas, folks! E sempre revisem melhor seus textos antes de publicarem nas redes sociais, blogs, sites, na monografia ou na carta para a namorada!
E, para quem não sabe, esse não foi nosso primeiro erro. Não é de hoje que assumimos e até divulgamos nossos erros. Confiram:
- 5 erros que o @midia8 comentou no Twitter e que você pode evitar;
- 5 erros que o @midia8 cometeu no Facebook e que você pode evitar.
É como já dizia o velho poeta: “ninguém vê quantas pingas você toma; todos só reparam nos tombos que você leva”. No nosso contexto, “ninguém vê o quanto de conteúdo compartilhamos todos os dias, mas todos reparam quando escrevemos “leias” e não “leis”.
O post Redes sociais: minha empresa errou no Facebook. E agora? apareceu primeiro em Blog Mídia8! » Comunicação digital e redes sociais.