Faço parte do blog há quase 8 anos.
Ok, isso não é verdade, mas também não é uma mentira. Conheci o Merigo em janeiro de 2004 e, como era inevitável, conheci o Brainstorm#9 logo em seguida. Um blog “normal”, hospedado no blogspot, com um conteúdo 100% voltado para a publicidade e sem grandes pretensões.
Naquela época, pra vocês terem uma ideia, era muito mais comum ouvir “esse é o Merigo, ele tem um blog.” do que “sabe o blog? esse é o Merigo.”
Desde então acompanho a evolução do site. Vi todas as mudanças de layout, vi a coisa tomando corpo, vi meu amigo se tornar famoso, vi tudo isso se tornar trabalho sério de gente grande, vi o blog perder o # e ganhar relevância.
Até que um dia, como por muito tempo foi hábito, estávamos conversando sobre qualquer coisa pelo gtalk e ele me disse: “Você deveria escrever no blog“. Achei engraçado, encarei como brincadeira, mas ainda assim expliquei: “Até parece! Não tenho esse ritmo que vocês têm para encontrar coisas primeiro, pra dar o furo de notícia.” Como resposta, tomei uma bronquinha: “Você deveria ler mais o Brainstorm9, há tempos que ele não é mais só um lançador de novidades.”
Então topei. Tô aqui. Há mais tempo do que parece.
Por isso acho que vai ser muito legal poder resgatar um monte de histórias desses 9 anos de Brainstorm9 na festa que vai ter quinta-feira. Principalmente porque conseguimos chamar todo mundo que faz o blog, ou seja: editores, colaboradores e, principalmente, leitores.
Pra comemorar o aniversário, combinamos de contar um pouco dessas histórias. Fui rever meus próprios posts para eleger um que tenha me causado orgulho e outro que acabou saindo pela culatra. Foi difícil, acabei me distraindo e relembrando muitas coisas.
Mas, missão dada é missão cumprida.
Assim que foi anunciada a turnê da Amy Winehouse aqui no Brasil, achei que era um bom tema para meu segundo post no blog. Tomei a liberdade de supor quais seriam seus patrocinadores e fiz uma brincadeira, imaginando quais marcas topariam associar sua imagem a uma artista tão polêmica. O resultado foi desastroso porque poucas pessoas entenderam o real intuito. Em meio às críticas, os leitores disseram que eu estava saindo do perfil do blog, que era um absurdo, que queriam seu dinheiro de volta. Assustei, pensei: “meu Deus, quebrei tudo!” Fiquei pensando no quanto eu teria prejudicado um B9 como um todo. (Pelos indicadores de audiência: nada. Ufa!)
Por outro lado, “Pizza em dia de semana” foi aquele post que quase não escrevi. Mas escrevi. E escrevi com bastante cuidado para que ele não pudesse ser interpretado de alguma forma que eu não quisesse que fosse. Tive medo de uma opinião acabar interferindo na minha carreira ou, pior ainda, prejudicar outra pessoa. Mas depois me deu um certo orgulho porque ele iniciou uma discussão boa, com opiniões sensatas e às vezes completamente opostas dos nossos leitores e de pessoas do mercado. O post tinha cumprido seu propósito.
Aliás, outra coisa que me deixa muito feliz é que meus posts costumam receber comentários. Não estou falando de likes e tweets, mas sim da contribuição das pessoas que clicam em “comentar” e soltam o verbo. Pode não ser a forma mais cool, nem a mais querida pelos amantes das métricas de social media, mas acredito que ainda é um dos jeitos mais autênticos de interagir. É quando a gente vê que um texto teve algum impacto, que as pessoas tiveram vontade de complementar. E isso me deixa muito feliz.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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