Em uma rua de Knoxville, Tennessee (EUA), os moradores de três casas pareciam perfeitamente normais vistos de fora. Toda manhã, o chuveiro era aberto. Toda noite, ligavam-se as luzes e a TV. Mas não havia seres humanos morando nelas – só robôs fingindo ser gente.
A invasão domiciliar por robôs, descrita na Popular Science, tem na verdade uma explicação perfeitamente razoável.
Há seis anos, a Tennessee Valley Authority – estatal americana que fornece eletricidade para 9 milhões de pessoas – equipou três casas com diferentes níveis de eficiência energética. A Builder Home era basicamente uma residência típica; a Retrofit Home era uma casa tradicional que recebeu tecnologias para economizar eletricidade; e a High Performance Home foi feita do zero para consumir menos energia.
A TVA sabia que algumas casas consumiriam menos energia do que outras. Mas quanto elas gastariam? Comparar diretamente estas casas entre si é problemático. Moradores humanos de verdade podem ficar no chuveiro por períodos diferentes, ou podem se esquecer de desligar as luzes. A solução, claro, foi usar robôs programados para serem perfeitamente medianos.
Assim, os robôs se mudaram para as casas. Havia os Sistemas de Emulação de Corpo Humano, que lentamente vazavam água e calor para replicar a nossa transpiração e respiração. (Na verdade, eles eram lixeiras cheias de água e alguns equipamentos.)