O governo vai destinar Bolsas RAI no valor de R$ 200 mil para cada uma das 40 startups, que serão selecionadas a partir de segundo edital, a ser disponibilizado em março – e o dinheiro não deverá ficar com as aceleradoras. Estrangeiros poderão competir.
O edital vai estar disponível a partir desta sexta-feira no portal do MCTI e visa a selecionar até seis aceleradoras – “empresas que, para além das incubadoras, cumprem o papel final de introduzir novos produtos no mercado”, nas palavras do secretário de Política de Informática do MCTI, Virgilio Almeida, que apresentou o funcionamento do programa. Além dos critérios de seleção das aceleradoras que se inscreverem, o secretário comentou na coletiva de imprensa que o COO do programa será Felipe Matos, conhecido no nosso mercado por causa do Startup Farm.
Conversei com o presidente da Microsoft Brasil, Michel Levy, e com o diretor da Microsoft Participações, Franklin Madruga Luzes Junior, que contextualizaram sobre o momento de articulações entre governo, academia, corporações e outros agentes. “Estamos viabilizando a estruturação de uma aceleradora no Rio de Janeiro, mas não seremos majoritários nem donos, portanto não é uma aceleradora da Microsoft em si, mas de vários participantes. Queremos também implementar aceleradoras em outras regiões”, declarou Franklin.
Para o secretário Virgilio, isto não significa que esta aceleradora seja uma favorita no processo de seleção, mas é um exemplo de como a iniciativa Start-Up Brasil, ao mesmo tempo em que se inspira em benchmarkers internacionais (aceleradoras no Vale do Silício e em outras regiões), também ajuda a estimular o mercado como um todo em direção à inovação de base tecnológica aplicada como negócio em várias indústrias.