(Foto compartilhada em CC. Crédito)
Nos últimos vinte e poucos dias, eu conversei com ao menos quatro novas startups (além das já conhecidas Apontador, Kekanto e Locamob), que têm um objetivo muito parecido: todas elas querem ajudar os usuários a encontrar as melhores atividades e eventos para explorar suas cidades.
O Brasil efervesce e já não basta mais indicar algo que seja é legal, é preciso dizer recomendar de acordo com o perfil, usar a localização geográfica, criar o melhor algoritmo.
Cada uma das empresas com quem conversei aposta em um diferencial e só os anos e os números de uso dirão quem foi declarado o “queridinho” local. Enquanto isso não acontece, mostro pra vocês qual a ideia de cada uma.
Vamos lá?
OneFun
No OneFun (acesse aqui), você se cadastra e classifica as atividades que mais gosta, incluindo cursos, baladas, atividades físicas e outros. Em seguida, o serviço apresenta uma lista de opções e é possível ir classificando cada uma delas, para deixar o algoritmo do site saber mais do seu gosto –o Netflix funciona de maneira parecida. A startup diz ter um “algoritmo de recomendação único”.
Conversei com Carlos Marn, idealizador e CEO da startup, ontem pelo Skype e ele me contou um pouco mais sobre os diferenciais de seu serviço. “Tem muitos serviços que vão “ranqueando” os locais e a gente não fala dos locais, e sim das atividades que acontecem neles. Assim, você não descobre uma balada, você descobre a festa que acontece lá e é mais interessante para você. A gente consegue saber que atividades nos mesmos locais podem ser diferentes”, diz ele.
Carlos também diz que a OneFun “expande” o conceito de entretenimento. “Você pode entrar lá, por exemplo, e ver as informações sobre um curso de vinho ou provas de ciclismo. Nós vamos além das baladas e restaurantes.”
Vindo de Fortaleza, Carlosa afirma que teve a ideia do projeto há cerca de dois anos, por ter dificuldades de achar atividades para diversão em São Paulo. No meio do caminho, encontrou Regis Nieto (conselheiro) e Anderson dos Santos (atual CTO da empresa) para criar o negócio.
O investimento inicial –de algo entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, diz ele—foi feito por Carlos, que trabalha na Ericsson. Em seguida, Regis também investiu. Por enquanto, a startup não pensa em entrar para aceleradoras e incubadoras, pelos fundadores terem trabalhados com consultoria e já terem diversos contatos no mercado, diz Carlos.
#Partyu
Já falei antes com vocês sobre o #Partyu (acesse aqui), idealizado por Ricardo Rodrigues, ex-funcionário do Peixe Urbano. Também vindo de outro Estado (Mato Grosso), Ricardo afirma que tinha dificuldades para achar os melhores eventos de São Paulo, então ele criou o #Partyu, que funciona como aplicativo para Facebook.
O aplicativo traz, inicialmente, uma parceria com o site Catraca Livre e permite que se encontre atividades pelos dias da semana ou regiões da cidade. Lançado em 15 de janeiro, Ricardo me contou que já eram 500 usuários conectados no início de fevereiro.
Guiado pelos princípios do Lean Startup, Ricardo me contou, na época, que estava coletando feedback do produto inicial que colocou no ar. Segundo, ele a parceria com o Catraca Livre fez sucesso, assim como o fato de o aplicativo funcionar no celular.
DaGood
Fiquei sabendo da DaGood (acesse aqui) durante o BrNewTech, evento do BrazilInnovators, na última semana. Os garotos responsáveis pelo site fizeram um pitch do produto para os investidores que estavam por ali e tiveram uma boa recepção –entre as três startups que se apresentaram, eles pareciam os mais preparados.
O serviço da DaGood ajuda o usuário a escolher sua atividade através de filtros como quem o irá acompanhar, em qual período do dia será, qual o tipo de lugar e se é alguma ocasião especial. Eu posso dizer, por exemplo, que quero um lugar para fazer um aniversário durante o dia. Ele funciona de maneira parecida com o Songza, aplicativo norte-americano que sugere músicas de acordo com a situação estipulada pelo usuário.
Ainda em estágios iniciais, o DaGood está fechando parcerias com universidades e tentando expandir sua plataforma.
Radaro
Já falei aqui antes sobre o Radaro, quando encontrei o time de fundadores na Campus Party. Mais voltado para o mobile -eles têm um aplicativo, ainda não lançado–, o Radaro (acesse aqui) se apoia bastante na localização geográfica para ajudar o usuário a descobrir os eventos a seu redor. “A gente quer ser o melhor amigo do usuário com relação a mobilidade”, disse Rodrigo Prior, em uma conversa. Segundo ele, o app usa as preferências da pessoa no Facebook e envia as notificações relacionadas a amigos, eventos e marcas.
“Vamos ter camadas de conteúdo, então, por exemplo, se estão demonstrando um novo produto em um restaurante que você gosta, o usuário do Radaro poderá ter um desconto especial”, conta o cofundador. A ideia é negociar parcerias com grandes marcas.
A Radaro também quer ser uma ferramenta de descoberta para que o “usuário possa usufruir do resultado em tempo real”, diz Rodrigo. Segundo, ele a premissa é que o usuário não precisa estar sempre com o aplicativo aberto, ele pode ir recebendo as notificações e realizando as atividades. “Se você não quiser mais receber notificações sobre algo, é só indicar e ele não vai mais te perturbar”, completou o cofundador, durante a Campus Party.
E ai, vão apostar em qual? Conhecem outras startups com a mesma proposta? Compartilhem nos comentários que ficamos de olho!