Ao ver a enorme TV que a Toshiba trouxe à IFA, estranhamente eu não fiquei surpreso. Eu não fiquei boquiaberto. Mas como, se trata-se de uma telona de 84” com resolução de 3840×2160? Basicamente, porque a experiência é extremamente natural: é assim que toda TV gigante deveria ser. Simples assim.
Usando a tecnologia CEVO Engine 4K, a Toshiba coloca no televisor o quadruplo de pixels presentes no Full-HD. Isto signfica que a imagem fica mais nitida, é claro, mas tambem quer dizer que você pode vê-la mais de perto sem notar os pixels.
Ao demonstrar a TV, a Toshiba deixou-a a um passo de distância dos usuários. É como se ela dissesse “pode chegar mais perto, a imagem continua excelente”. E sim, a imagem e incrível: além das cores vivas, detalhes mínimos ficam nítidos na tela. Repare na imagem dos barcos, por exemplo: é uma foto exibida na tela, vista de perto.
Mas mesmo em movimento, os detalhes se mantêm — nos vídeos de apresentação, onde belas moças sorriem e dançam para nós, meros mortais sem definição 4K. Também vimos a TV sendo usada para jogos de corrida: você pode se sentar perto da tela, sem perda de qualidade na imagem — nem por causa da proximidade, nem devido ao movimento.
Mas tudo isso supõe que você tenha conteúdo em 4K para assistir, o que hoje ainda é bastante raro. Felizmente, a Toshiba promete “upscaling de alta performance” para voce ver Blu-rays (em Full-HD) sem perder qualidade no 4K.
A Toshiba colocou, lado a lado, sua TV 4K com um modelo Full-HD. Nelas, o mesmo conteúdo era exibido: amostras de video de Blu-ray. Normalmente, a imagem em 1080p perderia a qualidade numa tela com resolução maior. Mas, devido ao upscaling, as imagens do Blu-ray no 4K pareciam levemente melhores: certos detalhes ficavam bem mais nítidos nela, e nada ficava borrado ou pixelizado.
Eu não pagaria os milhares de dolares/euros que a Toshiba certamente irá cobrar quando lançar sua TV 4K no mercado, no primeiro trimestre de 2013. Mas nada vai tirar da minha cabeça que TVs gigantes simplesmente precisam ter esta resolução.