Sem moralismo: não perdi um pai, um amigo ou alguém que merece minhas lágrimas. O que sinto é ter perdido um parceiro de negócios: o cara que trouxe a possibilidade de abandonarmos a marcação de LetraSet e ofereceu uma boa plataforma para que outros desenvolvedores transformassem o pastup em coisa do passado. Steve fazia jus ao ditado “O olho do patrão é que engorda o boi.”
Era insatisfeito e inconformado. Sempre atrás da superação em seus produtos: mais leves, mais rápidos, mais inteligentes e mais finos. Equipamentos que pareciam estar uma década a frente de todos os concorrentes – e estavam. Abandonou os que não conseguiam acompanhá-lo – como os antigos processadores – e elevou até mesmo o nível de seus fornecedores.
Mas assim é o câncer: democrático. Não escolhe pobre ou rico. E muitas vezes o resultado é a morte. Nós já sabíamos disso, a Apple já sabia disso e certamente ele já sabia disso. Mas ainda assim ficou até o último minuto na labuta e viu sua garage company se tornar a empresa mais valiosa do mundo: ele era o cara. E pra mim resta apenas uma sensação de medo com o futuro da empresa, pois todos esses equipamentos e softwares refletem diretamente na minha vida profissional.
Hoje lembrei daquela frase:
“Ninguém é insubstituível.”
É… mas talvez a falta do Steve Jobs prove que isso não é verdade.
Rest in peace.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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