Este é o novo BlackBerry 10, duas semanas antes do lançamento oficial. Visualmente ele parece um cruzamento do Android com o iOS, e o sistema operacional “ou vai ou racha” da RIM também é surpreendentemente bom. Rápido, com interface inteligente, um hub centralizado para todas as atividades e um bom navegador.
Ele tem um sistema de desbloqueio bacana que mostra o que está “por trás” da lockscreen conforme você toca a tela – como acontece em alguns Androids. Os ícones são distribuídos em grades no mesmo estilo do iOS e Android, e no geral o sistema parece bem rápido.
O Hub armazena todas as suas atividads no celular em ordem cronológica e centraliza o que você precisa saber – novidades no Twitter, suas atividades do dia, entre outras coisas. E o BB10 tem suporte a vários perfis – você pode ter um pessoal e um do trabalho, por exemplo, e a home screen de cada um deles vai ser diferente.
Pode ser tarde demais, mas depois de passar um tempo com o BB10 eu não posso descartar que antigos usuários de BlackBerry se apaixonem novamente pela RIM – e quem sabe ele também consegue fazer alguns usuários de Android e iOS desencantados se converterem.
Ou talvez o BB10 seja para a RIM o que o WebOS foi para a HP: um bom sistema operacional móvel que encontrou condições adversas e dois incríveis inimigos que comandavam o mercado. E, diferentemente da Microsoft e do Windows Phone 8, a RIM não tem grana para se manter viva durante esta longa batalha que está para enfrentar.
Ainda assim, o que a RIM fez aqui é admirável. O BB10 não vai ser a plataforma mais bonita do mercado, e sabemos que ele ainda é um deserto sem apps. Mas ele foi bem pensado, ele é funcional e rápido de um jeito que BlackBerry não é há anos.