“A gente está vendo nascer o Venture Capital e o empreendedorismo de alto impacto”, disse Eric Acher, do Monashees, logo no começo da sua apresentação no PREI. Foi nesse clima de otimismo que ele contou a evolução das empresas de tecnologia no Brasil e falou das “empresas que ainda não existem e podem, em pouco tempo, se tornar grandes líderes de mercado”.
Outra boa notícia é que “não estamos vivendo uma bolha temporária”. Segundo Eric, os investimentos feitos agora tendem a ser mais seguros, já que as empresas estão mais maduras e o mercado está mudando. E, para que esse cenário tenha ainda mais startups de sucesso, os empreendedores precisam entender que “não é fácil empreender e não é fácil empreender sozinho”, por isso, buscar aliados é uma das estratégias que mais dão resultado.
Não é por acaso que o Brasil está se tornando um dos lugares mais favoráveis à inovação. Eric enumerou as vantagens de abrir uma empresa por aqui, não só aquelas relacionadas ao bom momento da economia nacional: “Para ter uma empresa grande, é preciso ter um mercado grande. E é muito mais fácil ter um mercado grande em um país grande”. Além disso, o tempo entre uma empresa fazer sucesso no mundo e algum empreendedor brasileiro trazer o modelo está ficando cada vez mais curto. “Antes, viajar de avião era entrar em uma máquina do tempo. Você chegava em um país 5 anos mais moderno. Hoje essa diferença é de meses”, destacou.
Tanta coisa boa acaba chamando a atenção dos melhores do mundo: “Os grandes VCs [Venture Capital] do Silicon Valley estão vindo para cá correr riscos. Porque eles sabem correr riscos” falou. E essa experiência não é boa só para eles, que estão conhecendo outro mercados, mas também para os empreendedores brasileiros, que têm muito o que aprender (e lucrar) com quem vêm de fora.
Eric apontou a relação entre empreendedores e investidores como peça chave nessa evolução. E eles não podem pensar só no lucro: “O dinheiro tem que ser visto como commodity. O que importa é o que vem junto com ele”. Outros pontos fundamentais são a confiança, que significa acreditar no seu projeto antes que investidores façam isso, e a escolha dos funcionários, que é “o começo de um casamento de longo prazo”.
“Para ter uma empresa grande, é preciso ter um mercado grande. E é muito mais fácil ter um mercado grande em um país grande”