Nossos julgamentos culturais impulsionam nossas atitudes mesmo sem percebermos.
Você já teve problema para comprar lápis e papel em uma loja que não se preocupa com a qualidade e com a procedência de seu produto?
Esse pode ser um motivo bem bobo para não fazer uma compra simples. Mas nós julgamos as pessoas pela forma como elas se vestem, pela cor da sua gravata, pela fonte do seu currículo.
E não depende se estamos contratando um vice-presidente, um analista financeiro ou um operador de empilhadeira. Julgamos na mesma proporção.
E, talvez pior, julgamos as pessoas sem pensar em seu nível cultural. Será que elas sabem disso? Será que elas têm noção? Provavelmente não levamos isso em consideração.
Será que o atendente de uma pequena papelaria compreende a importância da procedência dos seus produtos?
Muitas vezes as pessoas não têm a compreensão do por quê deveriam saber disso. Elas não entendem como esse “detalhe irrelevante”, como saber sobre um potencial cliente, pode influenciar na compra.
Nós falamos muito sobre atenção aos detalhes, e que os detalhes fazem toda diferença.
Mas, qual a diferença a procedência, o ISO 9001 e a madeira reflorestada, reciclada, sintética, ou outra coisa parecida, podem fazer numa relação de poucos segundos, em que você entra na papelaria, pega papel e lápis, paga e vai embora?
Provavelmente nenhum.
Alguns sinais são irrelevantes. Concordo que, saber se o banco do seu novo carro é sintético ou animal, possa ser um detalhe importante e decisivo pra muita gente.
Mas, julgar um papel? Julgar uma atendente de papelaria por ela não ser uma expert em lápis e papel? Isso não tá certo.
Nossos julgamentos culturais, muitas vezes, são um empecilho entre nosso comportamento e nossa compreensão sobre o mundo.
Portanto, seja na hora de empreender, ou na hora de colocar seus julgamentos em ação, tome cuidado com seus julgamentos e suas exigências inúteis e sem sentido.
Pense nos detalhes importantes sobre o seu negócio, e qual deles é apenas uma besteira.
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Este artigo foi adaptado do original, “Does ‘stationary’ matter?”, do blog do Seth Godin.
