Goiânia – A farta produção de banana em Itaguaru (GO) levou o prefeito Antônio Leonel Filho, a levantar uma bandeira. Ele quer que a cidade seja oficialmente reconhecida como Capital da Banana. Os 220 produtores do município colhem cerca 23 toneladas da fruta por ano, segundo a Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan) e movimenta perto de R$ 2 milhões por mês. “Eu mesmo produzo 27 mil quilos por semana em 45 alqueires na minha propriedade rural”, explica.
Segundo o prefeito, a comercialização da banana representa quase três vezes mais o que a receita mensal da prefeitura de Itaguaru, aproximadamente R$ 800 mil em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Prefiro investir na Festa da Banana do que em festa do peão”, analisa. E assim fez Leonel. Com R$ 20 mil dos cofres públicos, a administração local tirou do papel a ideia da psicopedagoga Diná Célia de Costa, autora do projeto Minha Cidade, que deu origem ao evento. Desenvolvido por alunos das escolas municipais Hans Paulo Prager e Belisarina Galdino de Oliveira, o projeto valoriza a banana que Itaguaru produz.
Em parceria com o Sebrae em Goiás, o Executivo municipal levou para a praça da cidade a Festa da Banana, com produtores e fabricantes de derivados da fruta. Luzelena Pires, 43, que fez dois cursos de Boas Práticas de Fabricação (BPF), promovidos pelo Sebrae, garante estar pronta para ganhar dinheiro com doces, de banana. Dona de casa, Luzelena integra um grupo de mulheres prestes a montar uma associação de produtores de doces e artesanato feito com a fibra da planta. Queremos expandir o projeto com os beneficiários do Bolsa Família”, adianta a secretária de Educação do município, Selma Sandoval de Andrade Moreira.
O gestor do Território da Cidadania Vale do Rio Vermelho pelo Sebrae em Goiás, Joubert Amado Camelo, ao qual o município de Itaguaru está integrado, observa que 18 moradores da cidades participaram dos cursos de Boas Práticas de Fabricação (BPF), em produtos desidratados, licores e doces em caldas. “A instituição apoia a geração de trabalho e renda oriunda da vocação local, como é o caso de Itaguaru”, explica.
Praticamente a metade dos 400 produtores de banana do município não são formalizados. Joubert acredita que a festa pode ser um incentivo para que eles procurem se registrar. Para Joubert, a promoção da primeira Festa da Banana em Itaguaru pode incentivar a formalização dos empreendedores do fruto. Feita de maneira informal por praticamente metade dos estimados 400 produtores locais, segundo Elison José Ribeiro, , a venda da banana movimenta 41 mil caixas (de 20kg cada) do produto por mês na cidade, a preços que variam de R$ 15,00 a R$ 40,00 por volume.
O secretário de Administração de Itaguaru Elison José Ribeiro, estima que os produtores de Itaguaru vendem 63 mil quilos de banana por dia, principalmente para o estado de São Paulo, além de Goiânia, Anápolis e Rio Verde, em Goiás. “Acredito que 800 mil quilos de banana são comercializados, mensalmente, sem o recolhimento de impostos ao município”, conta Elison.
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