2010 foi um ano insano, com perdão do trocadilho. Tinha listado várias tendências para comentar e acabei atropelado pela correria das tarefas – e pela reforma deste blog (que sairá bem depois do imaginado, mas antes do que você imagina). Mas de nada adianta ficar de chorumelas. No fim do ano, algumas das tendências já tinham se tornado banais a ponto de não merecerem ser comentadas, outras ainda estão no processo de incubação. Se der, falo delas no ano que vem.
De qualquer forma, este não foi o ano dos blogs, nem do Google, nem mesmo dos vídeos no YouTube (mesmo que o serviço, ao completar 5 anos de idade, continue crescendo exponencialmente, a uma taxa de 35h/minuto. E há até quem diga que já faz um tempo que ele consome mais banda do que toda a Internet em 2000, entre outros dados estatísticos surpreendentes).
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Em três anos, quanta diferença: das idéias libertárias de liberdade de expressão ao grande concentrador de conteúdo. Você ainda achava que a galera do Google era do mal? Quando comparados com os males do tio Zucko, eles são quase bonzinhos. O olho de cobra na foto não é coincidência.
Com filme em Hollywood e capa da Time Magazine, o sr. Facebook conseguiu mostrar que a mídia de massa pode ser reflexo do mundo digital, da mesma forma que o digital reflete a massa. Na verdade, há cada vez menos diferenças entre um e outro. Se esse ano tem dono, pode-se dizer que foi o ano do Facebook que, apesar de no Brasil ainda ser menor do que o Orkut, é um dos maiores serviços online do planeta. Se fosse um país, seria o terceiro maior do mundo. Seus dados não são menos impressionantes do que os do YouTube.
Outro serviço que ganhou as massas neste ano foi o Twitter, que deixou de ser coisa de nerd para invadir a arena pop, com estatísticas não menos impressionantes. Um bom sinal já estava dado quando o tio Bill Gates entrou no serviço, am Janeiro. Mais tarde seria a hora do rei do pop, Justin Bieber – sim, ele mesmo, aquele moleque nascido em 1994 que você não vê a menor graça mas a sua sobrinha, sua priminha e, se bobear, até a sua filha gosta de paixão – dominar a rede e deixar bem claro que UGC pode ser lindo, mas a cultura pop de massa está longe de morrer. Elvis morreu, Lady Gaga já é tão 2009. O fedelho, que tem de idade praticamente o mesmo tempo que o tio aqui tem de experiência com o mundo digital, atingiu sozinho a marca de 1,1 bilhão de vídeos vistos no YouTube e ocupa hoje cerca de 3% dos servidores do Twitter. Perto dele, Zuckerberg&cia são quase um clube de Boccia da terceira idade.
De qualquer forma, a relação entre Twitter, Facebook, Apple, Google, Microsoft (nunca se esqueça dela), Blizzard, Disney (como Club Penguin, não como Mickey Mouse) e Hollywood pela dominação do que o mundo deve pensar – e de como a publicidade tenta se imiscuir – é um assunto sério, e deve ser melhor desenvolvido ao longo do ano. Por enquanto, já que não há nada a fazer senão esperar que o Assange faça escola por seus atos políticos, não pelos pessoais, aproveito a sua presença neste ambiente formador de consciência e deixo você com a minha (já) clássica lista das melhores 100 230 tuitadas do ano. A do ano passado está aqui.
Minha intenção era manter essa lista em ordem cronológica, mas percebi que era preciosismo. Então deixei em alfabética. Divirtam-se e Feliz ano novo. Daqui a pouco tem mais.
- A história me parece claramente dividida entre terapias ocupacionais e conflitos hormonais.
- A melhor defesa não é o ataque; é a camuflagem.
- A mulherada bem podia aprender a não ligar pra futebol do jeito que homem que não liga pra futebol o faz: sem raiva.
- A primeira coisa a organizar na faxina de começo de ano é a pilha de expectativas, prestes a desabar.
- A profissão daqueles que te odeiam diz muito sobre seu caráter.
- A rede não é orgânica. Nem mesmo as máquinas são orgânicas, mas não falta quem as divida em gerações ou lhes atribua memórias.
- A única coisa que esse telefone aí tem de smart é o cara que te vendeu
- Abaixo os impostos e os impostores.
- Acredito mais no poder da música de Bach do que no dos florais de Bach.
- Administrar sua presença online é como fritar um peixe pequeno: se você mexer demais, esfarela.
- Adoro perguntas que são perguntas, não “colocações” ou “complementações”.
- Adoro quando um mané fala bobagem e o chefe manda calar a boca nas mídias sociais. Ver o mané se fazer de vítima é hilário.
- Agnosticismo, sincretismo e ecumenismo são, para mim, formas fracas de ateísmo.
- Ajudar o próximo é a melhor forma de auto-ajuda que conheço.
- Algumas pessoas parecem ter nascido cedo demais ou tarde demais no século.
- Amigos da sua mulher te seguem, mas ela não. Nos anos 70 seria paranóia ou flashback. Hoje é Foursquare.
- Antigamente era comum desacelerar para o fim do ano. Hoje me parece que o normal é correr para o precipício e jogar-se dele.
- Aqueles que são chamados de executivos faziam o que antes da invenção do PowerPoint?
- Arquiteto é alguém que escolhe óculos melhor do que você.
- As ferias de verão são longas para que os professores se esqueçam que vivem o ano da marmota.
- Axé, rebolation e funk carioca são formas audíveis de Lorem Ipsum.
- Beleza é uma realação, quase um objeto direto: não existe sem sujeito.
- Boicote corporações mesquinhas que pedem para você trabalhar de graça ou por uma merreca, prometendo “parcerias” para “projetos futuros”.
- Brasileiro não é criativo. Brasileiro gosta de Ivete.
- Briga da Apple com a Adobe: tão de fachada quanto a do Google com a China.
- Brilhante quem tem a capacidade de reconhecer o óbvio, traduzi-lo e devolvê-lo.
- Bundamolismo é o mal do século.
- Business plan é um sub-gênero da ficção contemporânea.
- Cada dia a menos em SP vale uns dez dias a mais na vida.
- Cada nova tecnologia quer ser Pokémon. Mas a maioria não passa de Tamagotchi.
- Caloteiros são ricos em desculpas.
- Canadá é o Acre do mundo.
- Cartórios e tribunais são a prova da existência do Purgatório.
- Certas “posições” que clientes dão a seus fornecedores devem ter sido inspiradas pelo Kama Sutra.
- Chega de enrolação. Agora é correr para que o dia de hoje termine ainda hoje.
- Cliente Van Gogh: quem o banco enlouquece, tira até a orelha, deixa na miséria, dependente do irmão e só valioso morto?
- Com certas pessoas eu tenho um contrato de exclusividade: se elas vão a um lugar, eu não vou. E vice-versa.
- Como explicar para um gringo que 30 minutos, meia hora e meia horinha não querem dizer, necessariamente, a mesma coisa?
- Como explicar prum gringo que numa feira, mercado de produtos naturais, a barraca mais popular é a do pastel?
- Consulte sempre um advogado. Ou não reclame se mais tarde tiver que consultar um proctologista.
- COP15 deveria acontecer em uma ilha de Tuvalu. Aí ninguém estranharia se afundasse.
- Cretino strito sensu sempre faz questão de dar a última palavra num debate.
- “Dar uma SteveJobada”: eliminar um conector que você precisa, tornar vários aparelhos inúteis e ainda fazê-lo comemorar
- De Big Brother a Aprendiz, a tosquidão hoje é unificada. Antigamente o banal de um povo era o exótico de outro.
- De que adianta chegar cedo pra trabalhar se tudo o que você fez até agora foi enrolar?
- De repente aquele dia, que parecia perfeito, desmorona.
- Depois de tanto tentar se adaptar aos desejos do seu público, a Revista Veja ficou com a cara da TV Record.
- Desconforto é investimento. Mas nem sempre paga.
- Desenhar – mapas, letras, objetos etc – demanda observar. Se você der sorte, até compreender.
- Detesto fechar portas. Mas às vezes é necessário para deixar as coisas no lugar e evitar abusos.
- Detesto gente que escreve e-mails enooooooooormes, prolixos, confusos e desfocados.
- Devo estar daltônico: todo mundo que vejo veste preto, branco e variações desbotadas de vermelho e azul.
- Dia internacional da mulher é uma boa prova de que 50,5% da população do planeta ainda é vista como minoria.
- Dicionário de agênças: “Aluno = operário gratuito, brilhante e incansável”. “Professor = pesquisador gratuito, inovador e trouxa”.
- Dinheiro é bem menos importante do que parece. E costuma ser o maior obstáculo virtual na busca de uma aptidão.
- Do Chico pro Assange: “Mesmo com o nada feito, com a sala escura, com nó no peito, com cara dura. Não tem mais jeito, a gente não tem cura”
- Dói pagar IRPF. Não pelo valor, mas pelo destino.
- Donald Trump + Viagra = Richard Branson.
- É impossível ser inteligente sem ser divertido e vice-versa. Quem faz só metade fica chato bem rápido.
- É a mesma Internet móvel que põe o mundo ao alcance das mãos que transforma seus usuários em autistas no cenário real.
- Em um ninho de AlphaGraphics tem seis Alfagrafinhos. Quem os desalfagrafizar bom desalfagrafizador será.
- Em uma economia de idéias, símbolos são mais tangíveis que originais
- Em uma época cheia de dados fáceis e vazia em sua interpretação, emoções compartilhadas têm cada vez mais valor.
- Enquete: qual a pior TPM: Bellatrix Lestrange ou Beatrix Kiddo?
- Entre tomar uma atitude, uma decisão ou um remédio, acho que vou tomar um café. É mais fácil.
- Entrevistas com perguntas preguiçosas, pedindo fórmulas ou perguntando se “tenho algo a acrescentar” são um saco.
- Escrever sobre design é uma forma de fazer design.
- Esperava que a inteligência artificial gerasse algo melhor do que gadgets e algoritmos resmungões.
- Esqueci a cabeça em casa. Vai ser um dia longo, espero que não notem.
- Estou certo que presidentes, papas e popstars também se irritam com a porcaria da ponta perdida do esparadrapo.
- Estou em dúvida se o Consulado Americano é mais parecido com um presídio ou com um cemitério.
- Estressado? Agoniado? Desfocado? Experimente fazer uma coisa de cada vez, vai que ajuda?
- Eu às vezes fardo, mas não talho.
- Eu não chamo o Facebook de Face. Nem o Photoshop de Adobe. Eu não.
- Eu sou o problema das suas soluções.
- Existem perguntas estúpidas. Mas sua quantidade é muito menor do que a de professores ruins.
- Experiência é construída à base de pregas.
- Extinção do cheque foi como a eliminação do e-mail. No começo todos negam, depois ninguém mais lembra.
- Fotografia se tornou a porta de entrada da Arte, quebrando a barreira de entrada. Poucos desenham, todos fotografam.
- Gente “educada” é convencional, não se indispõe com o estado das coisas. Criatividade, ironicamente, é coisa de malcriados.
- Geisy segue fulminante em seu objetivo de se tornar “atriz-modelo-manicure”
- Google é tão “bonzinho” quanto a Microsoft ou a Apple.
- Gostamos de roupas com poucas cores – preto e branco não são cores – porque tememos que os tons se imponham sobre o discurso.
- Há muito desenho em fotografia. Ele se manifesta no olhar e na composição, não na habilidade manual.
- Há quatro leis contra andar de bicicleta embriagado. Todas formuladas por Sir Isaac Newton.
- Habermas é como McLuhan: escreveu sobre uma coisa (a TV), acabou citado por outra (o digital) que nem existia em sua época.
- Habilidades criativas não são raras. São só muitíssimo mal ensinadas.
- Heilvetica.
- Homem não tem celulite. Mas é inigualável em sua capacidade de ser bunda-mole.
- Imbecil-risadinha: aquele tipinho patético, carente, que apesar disso se acha um gênio e faz uma baita força pra ser amado. Ri sempre.
- Impressionante a velocidade das transformações. Mais impressionante só é o fato de ninguém estar impressionado.
- Infantilidade em todo lugar: nas formas arredondadas, nas cores cítricas e na atitude servil e lisonjeira das marcas.
- Inovação é um termo tão manjado que seu uso deveria ser justa causa para demissão por plágio.
- Inovação tecnológica costuma trazer consigo uma boa dose de ironia, mesmo que involuntária.
- Insuportável o jabá disfarçado, o papinho de vendedor posando de “independente” quando seu holerite prova o contrário.
- Irônico ver gente que cresceu profissionalmente por causa de mídias sociais falar tão mal delas.
- Jabás acontecem porque os organizadores de eventos se rendem a excessos dos patrocinadores.
- Joguinhos do Facebook parecem Cannabis: quase todo mundo experimenta, mas depois de um tempo só um ou outro continua viciado.
- Kit de faxina para homens: álccol para desinfetar, detergente pra lavar. Para todas as outras coisas, Veja Multi-uso.
- Maior diferença entre “Avatar” e um filme pornô: o segundo tem história.
- Mais do que nunca é preciso focar em princípios e questionar protocolos.
- Manhã chuvosa de humores cinzentos.
- Mau design comunica mal. É como má música ou má cozinha.
- McLuhan revisitado: “e-mail n eh + a msg” e “social media rules”
- Me considero um cara sortudo. E perfeccionista. Talvez seja por isso que eu seja tão sortudo.
- Media Kit é a tarifa-balcão dos anúncios.
- Medo, travestido de cautela, bom senso ou bons modos, é a principal causa do envelhecimento mental precoce.
- Melhor ter muitos exemplos do que ter muitos modelos.
- Métricas são muito importantes. Mais importante do que elas é o objetivo que se tem ao medi-las.
- Metrossexual é quem tem uma necéssaire maior do que a sua.
- Meu layout eu quero com gelo e limão. Se você puder trazer a base de dados sem açúcar, agradeço.
- Minha mesa é metáfora da minha cabeça.
- Minha relação com a educação é vocação e sacerdócio. E me consome na mesma medida que me alimenta.
- Muitas empresas parecem partir do princípio do UFC, em que vale-tudo menos dedo no olho e chute no saco.
- Música é tão bom que é surpreendente que não engorde.
- “Nada contra, mas…” é um adjunto adnominal de preconceito que costuma anteceder as frases mais fascistas.
- Não acho que as pessoas fiquem mais elegantes nos dias frios. Elas só ficam melhor camufladas.
- Não é o ano que só começa depois do Carnaval, é 2009 que só vai terminar na quarta-feira de cinzas.
- Não há lugar para CDFs. Ou você é fascinado pelo que faz e quer saber sempre mais ou desiste. Só estudar não segura emprego.
- Não perco meu tempo com quem acredita seriamente que tempo é dinheiro.
- Não tenho um plano B. Tenho 26 planos A.
- Natal não é uma época feliz para quem se mata de trabalhar na comunicação de promoções para o Natal.
- Negociador de firma parece mulher de malandro: se você trata bem, te despreza. Se bate com força, apaixona.
- Nietzsche daria um ótimo tuiteiro. McLuhan também.
- Ninguém é líder ou lanterninha por acaso. Muita empresa MERECE ser ruim. Quem vai pra mudar só se dá mal.
- No futuro olharemos para a forma com que tratamos o ambiente com o mesmo desprezo que olhamos para os fumantes dos anos 60.
- Nojinho de quem sai do banheiro olhando o celular. “Lavou o iPhone/Blackberry, tio/tia?”
- Nome para banda de rockabilly: Zé Mané & Os Formadores de Opinião.
- O anel que tu me destes era Swarovski e se quebrou…
- O chato de chamar um imbecil de microcéfalo é que ele pode considerar elogio.
- O dia em que todas as coisas tuitarem chegaremos finalmente a um Estado policial.
- O fim da web é tão relevante quanto o fim do disquete ou do PageMaker.
- O maior problema futuro do vídeo online seja uma baita crise na produção de conteúdo de qualidade.
- O melhor ansiolítico é um bom fone de ouvido anti-ruído.
- O melhor despertador do mundo tuíta cada vez que você aperta o “soneca”. E recomenda a seus colegas e chefe que o sigam.
- O mundo te trata melhor se você estiver de terno, mesmo que não mereça.
- O problema de muitas causas nobres está no comportamento de seus defensores.
- O que mais gosto em piadas infames é sua resiliência.
- O telefone tá cheio de tralhas. Parece a bolsinha da Hermione Granger.
- Odeio panetones. Odeio adorá-los a 350kcal/100g.
- Ontem vi um falastrão tomar umas merecidas bordoadas. Quem fala o que bem entende acaba ouvindo o que não quer.
- Opinião pública, pouco importa o público, costuma ser a pior das opiniões.
- Paga-se mais pelo estacionamento mensal na Vila Olímpia do que pelo plano de saúde.
- Palestras de artistas são deliciosamente caóticas.
- Para se progredir no digital, é fundamental aprender a questionar o humano
- Pare 5 minutos do seu dia para ouvir uma só música e mais nada. É muito mais produtivo que esbravejar pelo Twitter.
- Patéticos os ególatras que reclamam de tudo e metralham frases feitas em nome de uma “independência” falsa.
- Pela quantidade de armas nas ilhas de Lost, a munição deve dar em árvores.
- Pelo tamanho do Google, Twitter e Facebook se vê uma concentração inédita no poder de mídia e põe em risco a liberdade de expressão.
- Pensar fora da caixa é um valor. Só há uma explicação: a caixa demanda reparos. Muitos reparos.
- Por baixo dos tapetes das estruturas, tudo é muito simples. Nós é que teimamos em achar que não.
- Por que você chama de “metodologia” um punhado de receitas e fórmulas?
- Poucos perguntam “o que está acontecendo aqui?” antes de determinar categoricamente se é bom ou ruim.
- Poucos tipos corporativos me causam mais asco que o “imbecil-risadinha”.
- Preciso me controlar. Ando pensando alto demais.
- Prefiro ir ao dentista que a um site burocrático do governo.
- Pressa é inimiga da refeição.
- Previsão do tempo: nublado com forte probabilidade de engarrafamentos no trânsito do fim do dia.
- Problema das perguntas não feitas: sua ausência propicia o surgimento de verdades não ditas.
- Professor deve ser semente, não centralizador. Cabe a ele formular perguntas, os alunos que se virem para respondê-las.
- Professor mediano transmite conteúdos. Bom professor influencia seus alunos. Grande professor se deixa influenciar por eles.
- Profissões eram mais divertidas quando as ferramentas de trabalho não estavam concentradas em uma máquina, na mesa.
- Promessa para 2011: não falarei em eventos que falem picaretas notórios. Como não sou demonstrador pago por firma, acho que dá pra cumprir.
- Publicidade em mídias sociais vem com certificado de garantia. Você pode fazer qualquer promessa, mas será cobrado se não cumpri-la.
- Publicitários são uma categoria profissional ainda mais odiada do que motoboys.
- Qualquer idéia boa que precise ser realizada imediatamente, acredite, não é uma idéia boa.
- Quando uma empresa de repente começa a falar em Reich, pode estar se referindo ao III Reich.
- Quando você acha que o mundo está perdido logo surge alguém pra provar o contrário. E vice-versa.
- Quantas vezes você se ferrou por erro alheio nesta semana?
- Quantos “milagres da fé” poderiam ser melhor explicados por erro médico no primeiro diagnóstico?
- Quem dá valor demais para o dinheiro acaba trombando de frente com quem não dá a mínima para ele.
- Quem é odiado por chavequeiros, lobistas e vendedores de terceira, algo de bom deve ter.
- Quem marca a própria casa e o trabalho no foursquare deve considerá-los grandes baladas públicas.
- Quem não arrisca não se ferra. Mas também não inspira nem se diverte. Só trabalha.
- Quem não tem o que dizer nem causa a defender termina os dias como demonstradora de balcão.
- Quem se leva muito a sério não deve ser levado a sério.
- Querido chefe/cliente: para fazer o que o sr. me pede existem profissões muitíssimo mais adequadas que a minha.
- “Quinta? Hummm… quinta não dá. Que tal nunca? Nunca tá bom pra vocês?”
- Quinta de manhã é sempre sossegado. Deve ser a calmaria que antecede a tempestade.
- Raiva de pilotos de celular, indecisos entre dirigir o carro e telefonar.
- Reciclagem, da forma que é feita, protege tanto o ambiente quanto uma piteira longa protege o fumante do câncer.
- Restringir o acesso a redes sociais é mordaça. Pouco importa se a desculpa do momento é sigilo, foco ou eficiência.
- RH tem que estar na ponta da inovação em mídias sociais, não na retaguarda defensiva.
- Sabe por quanto eu te vendo o direito de gritar comigo? Eu não te vendo. Por dinheiro nenhum.
- São as tarefas que emperram, que não saem da inbox, as que desesperam.
- São cada vez mais comuns os falsos profetas, subcelebridades sem nada de célebre, vendedores à Steve Jobs, defensores da concentração do mercado.
- Saudade dos tempos em que os taxistas falavam ao telefone. Hoje eles assistem TV.
- Se as palavras tivessem gosto, “não” seria chocolate. Amargo, enjoativo, indispensável.
- Se O Estado de S. Paulo é Estadão, por a Caixa não é Caixão?
- Se o seu trabalho não tem profundidade, imprimi-lo em papel de 90 gramas não aumentará seu peso.
- Se você não é respeitado em seu ambiente de trabalho, o pior que pode fazer é achar que a culpa é sua. Nunca é.
- Seeding = spam maroto.
- Ser disfuncional às vezes me parece a condição necessária para ser uma família.
- Só uma coisa é pior do que blogueiro comprado pra elogiar marca: um funcionário da empresa que assuma esse papel.
- Somos cada vez mais parecidos com o Calvin, cujo melhor amigo era brinquedo que só interagia com ele, sendo inerte para o resto.
- Sou marxista. No sentido Groucho do termo.
- Sou um professor. Estou acostumado a ouvir ataques pessoais a cada vez que critico idéias. E não me faço de vítima.
- Suas fontes de leitura dizem muito a respeito da cidade pequena em que seu cérebro vive.
- “Tá pensando que o dado é seu? Quem te falou que o dado é seu? DADINHO É O C@R@LHO, meu nome é Mark Zuckerberg!”
- “Táxi, pssôr, é quinem passarinho: bem mais fácil de pegar quando tá no ninho.”
- Tautologia social contemporânea: todos são iguais em sua tentativa de serem diferentes. A única forma de ser diferente é ser igual.
- TCC é choradeira daqui, agonia de lá, puxão de orelha acolá, surpresa na apresentação e alegria ao terminar. Todo ano é a mesma coisa.
- Técnica se ensina, a poética se cultiva. Isso leva tempo.
- Tem gente que é tão fanática pelo cargo que tem que parece vestir a camisa de força da firma.
- Tem que ter alguma relação entre grande inteligência, enorme potencial, 20 anos e baixa auto-estima. Tem que ter.
- Temos opinião e devemos cultivá-la. Mas há limites: as empresas não devem se render a qualquer capricho de consumidores mimados.
- Tendências hoje são tantas que o próprio ato de observá-las já virou uma tendência.
- Tento viver em um mundo que a qualidade das novas idéias é mais importante do que a mediocridade da vida alheia.
- Tipografia é a vestimenta de uma página. Você pode não ligar para ela, mas quem a vê, repara. Mesmo que inconscientemente.
- Tive uma daquelas típicas reuniões com você-sabe-quem, lá em você-sabe-onde, falar sobre você-sabe-o-quê. O resultado? você-sabe-qual.
- Todas as experiências são didáticas.
- Todo dia tem a hora do “ferrou, não vai dar nem a pau”. Depois passa. Passa? Espero.
- Todo produto deve gerar uma boa experiência de uso se quiser manter o público. Quem está satisfeito com a relação não pula a cerca.
- Tou com um humor de fazer o Clint Eastwood saído de uma peça do Tennessee Williams a caminho de um Jack Daniel’s parecer amável.
- TV é o glutamato monossódico do cérebro.
- Twitter é breve, cruel e despretensioso. Como quase tudo na história humana.
- Um cara que posta auto-retrato fora de foco é desleixado ou precisa de psicólogo?
- Um grande evento não precisa de pirotecnias se tiver idéias e comprometimento. Se não os tiver, não há laser que salve.
- Um vacilozinho de nada e pronto: lá vai a Inbox pra fora de controle.
- Uma parede bege não ofende ninguém. A escolha por bege é típica de quem não quer tomar decisões.
- Único manual de instruções válido para mídias sociais: a boa e velha noção.
- Vejo a luz no fim do túnel. Deve ser o trem. Ou então tem algo importante que eu esqueci.
- Visões de Paraíso não têm PlayStation. Mal tem Internet nelas. O que é novo assusta, o passado é confortável.
- Você ficaria satisfeito/a se definisse a relação que tem com sua cara-metade como “sustentável”?
- Você tem o direito de escolher o estilo de vida que quiser pra viver. Você NÃO TEM o direito de impô-lo aos outros.
- Vou zerar minha inbox hoje. Nem que hoje termine amanhã. Ou depois. Ou eu desista da idéia megalomaníaca de fazê-lo.
- Voltar para casa é a parte mais subestimada de uma boa viagem.
- Vuvuzela = Galvão de sopro.
- WikiLeaksGate mostrou que a Suécia não é diferente do Afeganistão. E que a internet não é território livre.
- WoW é um mundo maior do que Cuba. Deveria receber maior atenção da mídia.
Use-os para relaxar, se divertir, pensar ou me questionar. Vale tudo. Pode até copiar um ou dois textos e chamá-los de seus, mas não passe disso. Não faça como esses picaretas, que copiaram este post meu e o colocaram no blog deles na cara de pau. Plagiar um post sobre criatividade é o fim, que tipo de profissionais eles esperam formar?
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