Brasília – Ação do Sebrae que incentiva a união de micro e pequenas empresas de um mesmo segmento, a metodologia Central de Negócios uniu 56 empresas de Minas Gerais em três redes de lojas de materiais de construção, que têm tido sucesso nos negócios. Juntas, as varejistas que integram as redes devem faturar mais de R$ 258 milhões em 2012.
“Individualmente, os pequenos negócios não têm escala. A alternativa da cooperação entre empresários de um mesmo segmento repercute em redução de custos, viabiliza a escala e garante força competitiva”, diz o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. A experiência das centrais de negócios, segundo ele, mostra que é possível obter resultados ao unir esforços para objetivos comuns, mesmo que sejam empresas concorrentes.
A metodologia da Central de Negócios prevê a formação de redes de empresas de um mesmo setor para comprar, vender ou promover campanhas de marketing em conjunto e, assim, aumentar o poder de competitividade. Para integrar uma rede, os empresários mineiros pagam entre R$ 600 e R$ 1 mil por mês. As vantagens apresentadas na teoria têm sido percebidas na prática. Neste ano, duas dessas redes, a Construai e a Clube da Casa, figuram no ranking das dez maiores varejistas do segmento em Minas Gerais, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco).
A Clube da Casa, oitavo lugar no ranking da Anamaco, é formada por 24 empresas que atuam em 35 cidades no sul de Minas Gerais. Juntas, as lojas devem faturar R$ 200 milhões em 2012, 30% a mais que no ano passado, segundo previsão do presidente da rede, Agenor Garcia Rosa. Ela surgiu em 2007 com o objetivo de aumentar a competitividade das empresas em relação às grandes varejistas de outros estados, que começavam a dominar o mercado da região. “No início não foi fácil, porque tivemos que mostrar aos empresários que a rede seria como uma sociedade e que teríamos que fortalecer a marca”, conta Agenor.
A possibilidade de negociar em conjunto e obter descontos dos fabricantes – que variam entre 15% a 30% – é uma das principais vantagens das redes. Outro benefício é firmar contratos diretamente com os fabricantes estrangeiros, sem passar pelos importadores que atuam no Brasil, como é o caso da rede Construir Norte, que tem sede em Montes Claros e deve faturar R$ 45 milhões em 2012. Enviados à China em uma missão do Sebrae, os representantes da rede, que possui 12 empresários em 11 cidades da região norte mineira, conseguiram fechar contratos diretamente com os fabricantes de porcelanato e tijolos de vidros. “Os preços caíram bastante e agora estamos conseguindo sobreviver à concorrência dos grandes”, conta Anderson Garcia, presidente da rede, criada em 2004.
A troca de experiências também garante uma melhor gestão, na opinião de Allan Piva Oliveira, presidente da Construai, que ficou em nono lugar no ranking da Anamaco. A rede, que também atua no sul de Minas Gerais, foi criada em 2006 e hoje reúne 20 empresas de 25 cidades. O faturamento deve chegar a R$ 13 milhões em 2012, 8% superior a 2011. “O maior benefício hoje é a troca de experiências. O problema que um está passando o outro também já passou e pode ajudar a solucionar”, afirma.
Novas redes
O sucesso das três redes mineiras inspirou um grupo de empresários da região de Juiz de Fora (MG). Varejistas de 17 cidades estão se unindo para formar a Construir da Zona da Mata, com sede em Juiz de Fora. O lançamento da marca deve ser feito nos próximos dias, mas os 22 empresários da região já estão comprando em conjunto, o quegarante a eles cerca de 20% de desconto.
As Centrais de Negócios são ações apoiadas pelo Sebrae desde 2001. Em 2011 foram identificadas 778 Centrais e Redes de Negócios. Cada uma possui, em média, entre dez e 20 empresas associadas. A maior parte delas atua no ramo supermercadista, farmacêutico, de materiais de construção e de imobiliárias.
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