Nos prometerem jetpacks, é verdade, mas o tão sonhado futuro tecnológico tem pisado na bola comigo com questões menores do que a oportunidade de fugir de uma conversa dizendo “falooooouuu” e apertando um botão para simplesmente sair voando. Me irrita pensar, por exemplo, que em shows, eventos e coisas do tipo, a tecnologia só seja usada da forma mais careta possível: o pagamento simples pela internet. Depois que todas as partes já cederam ou receberam dinheiro, dane-se a tecnologia e boa sorte com a sua ficha da cerveja, com o cartão clonado ou qualquer outro problema bobo que já deveria ter sido eliminado nas últimas décadas. Onde está a tecnologia depois que você entra em algum lugar? Nos prometeram o NFC também, e o pagamento móvel, mas eu ainda não estou vendo isso. Por sorte, há quem esteja pensando na questão: o Bloom, um produto (ou conceito, ou projeto) brasileiro desenvolvido em São Paulo, me fez algumas promessas. E eu fiquei feliz com o que vi.
O Bloom é uma ideia desenvolvida pela equipe de Edson Pavoni, um jovem empreendedor cheio de ideias interessantes, que já teve algumas empresas – entre elas o estúdio D3 – e sua parceira de projeto, Isabelle Perelmuter. O conceito é simples: os Blooms são peça de hardware que são espalhadas por um estabelecimento fechado e eliminam 1) filas 2) complicações 3) redundância 4) pulseiras coloridas 5) a sensação de que vivemos no passado. O Bloom é um aparelho redondo com muito alumínio e policarbonato e uma bela iluminação lateral com diversos LEDs. E ele pretende cuidar de todas as partes envolvidas em um evento: público, organizadores e também parceiros comerciais.
O Bloom surge de um pensamento que já tirou muito do sono de Edson: temos muita tecnologia, mas ainda temos dificuldade em usá-la de forma social dentro do mundo real. Mais do que uma bela peça de hardware, o Bloom quer ser um caminho mais inteligente e prático para juntar pessoas e guardar boas histórias. Do lado tecnológico, a ideia é simples: o Bloom usa NFC e BLE (Bluetooth Low Energy, a mais recente encarnação da tecnologia) para transformar praticamente qualquer smartphone em uma carteira para guardar fichas, um crachá, um cartão de crédito, uma pulseira.