Desculpe ter adicionado ao título deste artigo uma palavra tão pesada como essa, mas não achei nada melhor que pudesse traduzir o sentimento com que milhares de pessoas, todos os dias, conduzem as suas vidas. Quantas e quantas vezes eu escutei em corredores de empresas, em filas de ônibus, dentro do metrô e até em reuniões este termo? Não consigo nem fazer a conta. É meio que senso comum empurrar a vida com a barriga e ligar o botão do “dane-se”. E quando vem alguém e diz que nós somos os responsáveis por TUDO o que acontece na nossa vida, os que preferem mais o conforto das indecisões, dizem que são loucos os que pensam assim.
Confesso que sou de origem pobre, mas meu coração é nobre foi assim que Deus me fez…
Contentando-se com pouco, ou melhor, com as migalhas da vida, milhares e milhões de pessoas, todos os dias abandonam a busca pela sua felicidade, deixando tudo o que acontece ao seu redor a Deus dará. “Sou pobre”, “Sou coitado”, “Sou incapaz”, “Não tenho oportunidade”, “Sou desempregado”, “Sou falido”, “Sou nada” é a desculpa da maioria das pessoas que não querem tomar decisões. Já está tudo decidido por Deus, pelo Universo, pelo Sistema, pelo Governo, pelo Patrão. “Não tenho o que fazer contra as circunstâncias da minha vida”. “Sou coitado, mas sou nobre”. Quanta bobagem…
Só posso levantar as mãos pro céu, agradecer e ser fiel ao destino que Deus me deu
Minha filha do meio sempre se aborrece quando digo a ela que tudo, tudo, tudo na vida é responsabilidade nossa. Ela passa um “perrengue” danado para entregar os trabalhos da escola no prazo e fica me dizendo: “Mas a culpa é minha que a internet parou? É culpa minha que faltou luz? É culpa minha que a Fulana não fez a parte dela?” Eu sempre respondo a mesma coisa: “É, é e é”. Temos que agradecer a uma única coisa na vida. Agradecer a possibilidade de podermos nos exercitar, através das experiências que obtemos e daquilo que vivenciamos. Existiu o passado e existe o presente, mas nós é que iremos construir o futuro. Se temos que entregar um trabalho na semana que vem, temos que fazer um planejamento diário do que iremos fazer até lá e nos perguntar o que pode dar errado. Além disso, finalizar o trabalho um ou dois dias antes do prazo final para evitar qualquer imprevisto. Sabe o que a maioria dos profissionais fazem: “Ah! Vou ligar o botão do dane-se e deixar a vida me levar. Sexta-feira tá chegando já!”.
Se não tenho tudo que preciso. Com o que tenho, vivo. De mansinho lá vou eu…
O maior ensinamento que eu recebi na vida, é que eu sou totalmente responsável por ela. Não sou responsável pela sua vida, mas pela minha tenho total poder para mudá-la e fazer o que bem entender com ela. Se não tenho tudo o que preciso, corro atrás. Afinal de contas não dá para ligar o botão do dane-se e deixar eu e minha família vivendo desconfortável. Não existe essa de coitado. As possibilidades estão todas aí na rua, basta abrir os olhos, desligar o botão do dane-se e falar para si mesmo: “De agora em diante, tudo, tudo, tudo o que me acontecer, eu me responsabilizo.” Você vai sofrer? Ah! Vai! Mas na vida só aprendemos a andar, depois de cairmos um bocado. É assim e ponto. Nada de andar de mansinho e ficar esperando as coisas caírem do céu, porque do céu só cai chuva mesmo e às vezes granizo pra nos dar uma acordada!
Se a coisa não sai do jeito que eu quero, também não me desespero, o negócio é deixar rolar
Se a coisa não sai do jeito que você queria, é sinal que você foi incompetente. Sim, isso mesmo. Incompetente. Incompetente é não ter competência para fazer alguma atividade. Se você não é competente para gerenciar o seu tempo, vá procurar um livro sobre o tema para ler, um curso ou conversar com alguém mais experiente no assunto. O mesmo vale para vendas, literatura, oratória e todas as outras disciplinas que você imaginar. Admita que se as coisas não saíram do jeito que você queria, era porque você é incompetente e precisa se responsabilizar para começar a não deixar isso acontecer nunca mais. Se você “deixar a coisa rolar”, estará abdicando do seu direito de escolher o próprio caminho. Pra quê então tornar-se um adulto? Pra quê?
E aos trancos e barrancos lá vou eu!
Grande pessoa, profissional e empresário você é se anda aos trancos e barrancos. Acho que faz parte da vida darmos umas cabeçadas na parede para aprender a caminhar para frente, mas continuar assim depois de 20, 30, 40 ou 70 anos é (me desculpe) desperdício de vida. Li algo muito interessante uma vez que dizia: “É melhor pecar pelo excesso de tentar acertar, do que pela incapacidade de se mover“. É melhor que nos castiguemos, tentando pensar em todos os detalhes e sendo super corretos, do que deixarmos as coisas rolando, empurrando a vida com a barriga e ligando o botão do dane-se.
Não pense que eu não errei, mas foi quando resolvi assumir todos os meus erros, que consegui caminhar para frente. Enquanto empurrava a minha vida pessoal e profissional com a barriga, estava como diz a música do Zeca Pagodinho, “deixando a vida me levar“. O barco da vida vai te levar para onde for a correnteza, mas você tem dois remos pra tentar desviar das pedras que aparecerem no seu caminho e fazer o seu barco tomar um curso diferente. Desligue esse botão do dane-se. Largue de bobagem. Nem você ou eu somos mais crianças, para ficarmos levando a vida nessa mesmice de sempre.
Imagine se cada pessoa na sociedade resolvesse amanhã desligar o botão do dane-se. Vamos ter pessoas mudando de profissão. Pessoas conseguindo seu primeiro emprego. Pessoas parando de beber e pessoas abrindo novos negócios e gerando mais emprego. Tudo isso acontecendo ao mesmo tempo em que todos assumem a sua responsabilidade pela sua própria vida.
Vida só tem uma e essa uma é a sua, portanto, cuide dela, pois:
“Foi o tempo que dedicaste a tua rosa que fez tua rosa tão importante” ~ Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe.
Dedique tempo a sua vida, pois é só ela que você tem.
Músicas da versão em áudio desse post:
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