Um produto em busca de um problema.
Uma armadilha que muitos produtos acabam caindo. As pessoas realmente não precisam do que você está construindo.
Se um produto não resolver um problema, ninguém vai se importar.
Se um produto não resolver um problema, ninguém se importa. Share on XÉ por isso que quando começamos um produto, a primeira coisa que nós nos concentramos foi para garantir que nós resolvemos um problema, mesmo que o nosso produto seja primitivo e muitas coisas sejam feitas manualmente, ao invés de usar tecnologia.
Para nos ajudar a ter uma visão sobre o que está funcionando e o que não está, olhamos para 3 sinais principais:
1. Dados – Números que mostram como as pessoas estão usando o produto
2. Informações vindas do cliente – e-mails, telefonemas, ou sugestões de clientes após o uso do produto
3. Intuição – Como nos sentimos quando usamos nosso produto? O que pensamos precisa ser melhorado?
Um dos principais focos para nós é olhar para o uso repetido. Queremos que o nosso produto seja utilizado sempre.
Queremos que o nosso produto seja tão útil que nossos usuários não apenas nos use uma vez, mas cada vez que eles precisam resolver determinado problema.
Experiência = múltiplos “wow moments”
(Não apenas um)
Pense sobre a primeira vez que você usou um produto incrível.
Você provavelmente sentiu como se ele tivesse sido projetado para você. Cada ação que você queria fazer parecia correta. Seus sentidos (visão, tato, audição) estavam em sintonia com o produto.
Você pode já ter dito “wow” ao usá-lo.
Esse produto tocou você em um nível emocional e você lembra dele. Compartilhou-o. E, você quer usá-lo novamente.
Eu sei que pode ser um exemplo já muito explorado, mas eu senti este tipo de emoção positiva a primeira vez que eu usei o Uber. O app do Uber conecta você com os motoristas para se deslocar pela cidade.
A princípio, pode parecer que o uso do Uber não vai ser muito melhor do que chamar um táxi. Mas, o truque para a ‘stickiness’ – algo como sua capacidade de nos manter engajados, do Uber não é apenas um, mas vários “wow moments” que o tornam substancialmente melhor do que chamar um táxi.
A primeira vez que usei Uber, haviam 4 “wow moments” diferentes:
1. Como posso saber se há um táxi disponível agora?
Uber mostra táxis em torno de você em um mapa.
2. Quando é que o meu motorista vai aparecer?
Uber mostra um mapa de onde o motorista está com um tempo estimado de chegada.
3. Será que o meu motorista aceita cartão de crédito ou que eu preciso de dinheiro?
Uber está conectado com seu cartão de crédito.
4. Quanto devo dar de gorjeta?
Uber automaticamente inclui a gorjeta que você definir.
A maneira Uber incorporou múltiplos “wow moments” em seu produto é uma das razões pela qual seu sistema é tão forte. Com cada “wow moment” adicional, as chances de você usar o Uber comparado a chamar um táxi aumenta.
No entanto, um dos desafios da criação de várias “wow moments” dentro de seu produto é que eles levam tempo para desenvolver. Uber levou um ano para construir seu primeiro aplicativo que lançou em apenas uma cidade.
Você precisa ser paciente e disposto a se lançar com tudo em um problema para criar uma experiência digna de múltiplos “wow moments”. Criar a experiência certa é arriscado quando você pode não ter todos os sinais para dizer o que você está construindo é o coisa certa. Mas isso é parte do caminho para a construção de um produto diferenciado. Você não vai ter todas as respostas no início.
Para reduzir o risco, você pode começar, concentrando-se em um ou dois “wow moments”.
Isto pode não ser bom o suficiente para criar a experiência completa que você almeja, mas conforme você desenvolve mais e procura atingir o mesmo nível de qualidade dos primeiros “wow moments”, seu produto vai chegar perto do que você quer gradativamente.
Quanto maior o problema, maior a oportunidade. Share on XLembre-se: Quanto maior o problema, maior a oportunidade.