João Pessoa – O economista Luiz Carlos Prestes Filho, especialista em economia criativa, recomenda que o artesanato da Paraíba crie uma identidade própria e seja uma dos 10 setores prioritários da economia local. Para ele, o turismo deve ser promovido como indutor da principal atividade da economia criativa.
Ele analisa que os maiores produtores e consumidores do artesanato do Brasil são os estados do Rio de Janeiro e São Paulo O setor nesses estados divide as atenções das políticas públicas e investimentos com gigantes como gás e petróleo e as indústrias, e por muitas vezes acaba relegado a segundo plano, na avaliação dele.
Para o estudioso, o artesanato paraibano deve criar uma identidade única. “O entendimento geral da sociedade ainda é de um artesanato nordestino, o que acaba por generalizar, de forma negativa, tantas tipicidades únicas da região”, preconizou. O turismo também deve ser associado às ações de desenvolvimento do artesanato. “João Pessoa está entre os 65 destinos indutores do Brasil. Inegavelmente o turismo traz e ajuda nas vendas e comercialização do artesanato”, concluiu Prestes.
Prestes esteve na Paraíba para colher dados sobre o setor para o Estudo da Cadeia do Artesanato no Brasil, que deverá ser lançado no segundo semestre de 2012. Ele defendeu o setor no Seminário da Cadeia Produtiva da Economia do Artesanato na Paraíba, promovido pelo Sebrae na segunda-feira (31).
O estudioso também criticou a legislação brasileira. Para ele, os conceitos abordados nas leis estão distantes do que acontece na cadeia do artesanato. “Precisamos encurtar a distância entre a base e as entidades de fomento, só assim conseguiremos construir políticas e planos mais adequados”, comentou Prestes Filho.
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