Brasília – Nos últimos dez anos, o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) foi o principal financiador de projetos de infraestrutura no continente latino-americano. O foco de atuação da CAF é o desenvolvimento sustentável com ações em projetos econômicos e sociais, mas também culturais. No Brasil, segundo a economista Moira Paz Estenssoro, diretora representante do banco, os investimentos chegam a US$ 1,8 bilhão por ano.
“Financiamos projetos de estrutura em vários estados, trabalhando com prefeituras e governos estaduais, sempre procurando fortalecer o conceito de desenvolvimento integrado”, explica a economista. O banco oferece também operações não reembolsáveis, destinadas à capacitação técnica, apoio à criação de capital social e fortalecimento institucional. Segundo ela, o trabalho com o Sebrae é um exemplo de parceria, pois gera capacitação e dá condições para o empreendedor crescer.
A CAF iniciou sua atuação como Corporação Andina de Fomento. Consolidou-se nos últimos cinco anos, com a incorporação do Panamá e dos países do Mercosul como membros plenos. Os recursos vêm das subscrições de ações dos países-membros, e os aportes servem para alavancar recursos no mercado internacional.
Inclusão
Moira Estenssoro está entusiasmada com as ações de combate à miséria em andamento no Brasil e fala da importância da inclusão produtiva e do crescimento da integração econômica e cultural do continente latino-americano. “O Brasil logrou tirar da pobreza um número impressionante de famílias. Mas não somente por meio da transferência de renda. Uma vez que as pessoas passam a ter recursos e possibilidades para criar uma empresa, a capacitação e orientação oferecidas pelo Sebrae são fundamentais para formar esses empreendedores”, admite.
Embora existam várias iniciativas do governo brasileiro para ampliar recursos financeiros destinados aos proprietários de micro empresas junto com instituições financeiras privadas, Moira Estenssoro avalia que a demanda é muito grande e a oferta torna-se insuficiente para fazer a inclusão produtiva. Por isso, “as instituições de crédito para o empreendedor precisam incorporar inovações”, diz a representante da CAF. “É preciso criar mecanismos para agilizar e simplificar os trâmites e obter custo financeiro adequado, metodologias de avaliação de crédito e tecnologias de informação”, recomenda.
Para ela, outra necessidade importante é divulgar e orientar o uso do crédito. Moira Estenssoro acredita que o relacionamento com o cliente deve ser direto e a visão é de que ele é uma parte do processo produtivo. “Temos que ver o empreendedor como grupo e não como um indivíduo, porque o empreendedor deve trabalhar associado”.
Na opinião da economista, as experiências do Brasil podem ser aproveitadas não só na América Latina, pois há vários países da África que querem replicar a trajetória brasileira, uma das mais exitosas do mundo. “Estamos apoiando o governo para criar uma modelagem que facilite essa replicação nos sistemas internos de cada país, que explique os passos a seguir, como usar e implantar a base de dados, como fazer cruzamentos de dados, como medir impactos das transferências e depois a saída desse processo para entrar na área produtiva e participar do mercado produtivo”, conclui.
Serviço
Agência Sebrae de Notícias: (61) 3243-7852/ 2107- 9110/ 3243-7851/ 9977-9529
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
www.agenciasebrae.com.br
www.twitter.com/sebrae
www.facebook.com/sebrae
Via RSS de RSS Feeds – Agência Sebrae de Notícias
Leia em RSS Feeds – Agência Sebrae de Notícias
