Rio de Janeiro – Oficinas e palestras sobre formalização, controle financeiro, microcrédito, comércio eletrônico, microfranquia e empreendedorismo fazem parte da programação da Semana do Empreendedorismo, na Rocinha, comunidade da zona sul da cidade, até este sábado (04). Mais de 120 pessoas compareceram à cerimônia de abertura do evento organizado pelo Sebrae no Rio de Janeiro, em parceria com os governos estadual e municipal, instituições bancárias, L’Oreal e Associação Comercial da Rocinha, entre outros.
Há mais de duas décadas trabalhando na informalidade como doceira, Ana Maria José Nascimento Silva foi uma das primeiras a chegar. Aos 65 anos, ela acalenta o sonho de ter o próprio registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). “Dependo do favor de amigos para comprar matéria-prima e embalagens. Se não fosse por eles, gastaria até R$ 1,2 mil, quase o dobro da minha despesa mensal. Acho que quando puder emitir Fiscal vou ganhar até mais respeito dos clientes”, antecipa.
Para o casal Antonio Aleixo e Isabel Lucinete de Mesquita, à frente de uma loja de roupa feminina há 6 anos, formalizar o negócio representa ter acesso a crédito, poder trabalhar com cartão e economizar até 30% na compra de mercadorias. “É um grande passo porque dá para planejar o crescimento sem medo”, reforça Aleixo.
A Rocinha, com mais de 130 mil habitantes, tem cerca de 6 mil empreendimentos, dos quais 98% atuam na informalidade, segundo o Censo Empresarial de 2010, realizado pelo governo do estado. Com a ocupação policial, em novembro passado, a comunidade deixou de ser o maior reduto do tráfico da zona sul da cidade. A instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) está prevista para este mês. O ambiente de normalidade foi reforçado pelo major da Polícia Militar, Édson Santos, que abriu o evento. “Este trabalho de segurança não vai terminar em 2016 – ano dos Jogos Olímpicos na cidade. Este é um processo que não tem volta”, garantiu.
“Pelo número de consultas através da nossa central de Atendimento, percebemos que há um enorme interesse desta comunidade pela formalização”, assinala a coordenadora das Comunidades Pacificadas, Carla Teixeira, do Sebrae no Rio de Janeiro. “A Rocinha tem um enorme potencial comercial, gastronômico, hoteleiro e outras atividades do turismo”, reforçou o gestor local da UPP Social, Eduardo Alencar, da prefeitura do Rio.
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