Rio de Janeiro – Pela primeira vez, empresas de São Gonçalo participam de um evento de moda como Arranjo Produtivo Local (APL), reconhecimento que aconteceu em outubro do ano passado. Cinco marcas estão no Rio-à-Porter, que acontece até esta sexta-feira (13), em Botafogo, zona sul da capital.
As cinco empresas de São Gonçalo apresentam peças inovadoras, como bolsas fabricadas com lona ecológica, feitas a partir de resíduos de garrafa Pet, e detalhes com madeira de reflorestamento. Também reaproveitam couro para cintos e braceletes. O grupo tem em comum a parceria com cooperativas de bordadeiras.
A Suspirar é um exemplo desse modelo de negócio. Lançada há seis meses, a empresa de moda feminina gerou trabalho direto para cerca de 25 pessoas, entre costureiras e artesãs. Pelo volume de negócios, estima-se que o dobro de profissionais seja contratado ainda em janeiro para atender aos pedidos dos fornecedores. A demanda já está em mais de 400 peças, entre macacões, vestidos, saias e calças legging, além de roupas de festa fabricadas com uma mistura de malha e tecido.
“A responsabilidade social faz parte do plano de negócios da minha empresa porque acredito que o ganho é duplo. Com pessoal capacitado e próximo ao meu negócio ganho rapidez e qualidade, e as costureiras e bordadeiras tem sua atividade reconhecida e melhor remunerada”, explica a estilista e proprietária da empresa, Célia Martins.
Entre as dificuldades apontadas pelos empresários da região, a qualificação da mão de obra é a principal. Comprar suprimentos no Rio de Janeiro e ter acesso às linhas de financiamento vêm em seguida. “Vamos fazer um mapeamento para conhecer profundamente o perfil dessas empresas. Com base no resultado, poderemos desenvolver tanto políticas públicas, quanto ações mais pontuais que possam beneficiar o APL”, explica a consultora do Sebrae Damaris Gomes, gestora do projeto de Moda de São Gonçalo e Niterói.
A cidade de São Gonçalo, que fica na região metropolitana do Rio de Janeiro, conta com mais de 600 empresas, fabrica 2,4 milhões de peças por mês, fatura mais de R$ 50 milhões mensalmente e gera cerca de 12 mil empregos diretos e seis mil indiretos. Com esses indicadores, está entre os três maiores grupos fluminenses de empresas do setor, atrás apenas de Petrópolis e Nova Friburgo.
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