Foz do Iguaçu – Um modelo que aposta na cooperação para fortalecer micro e pequenas empresas (MPE). Nesta quarta-feira (19) e quinta-feira (20), empreendedores de 16 estados podem se informar e trocar experiências sobre esse assunto no 3º Encontro Nacional de Redes e Centrais de Negócios. Realizado pelo Sebrae, o evento acontece no hotel Golden Tulip Internacional, na cidade paranaense de Foz do Iguaçu.
Na abertura do evento, o gerente de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae Nacional, Paulo Alvim, destacou a importância das centrais para as MPE. “As centrais tornam os pequenos negócios mais competitivos, com a possibilidade de se atingir mais mercados”, afirmou. “O Sistema Sebrae trabalha com 200 centrais. Nosso desafio é ampliar o uso dessa solução e diversificar os setores que a utilizam”, disse Paulo Alvim. Essas entidades se formam por meio da associação de empresas de menor porte. Juntas, conseguem vantagens como descontos maiores na compra de produtos e serviços dos fornecedores.
O gerente de Inovação e Competitividade do Sebrae no Paraná, Agnaldo Castanharo, observou a significativa presença no encontro de representantes de vários estados. “Esse é um movimento que começa a ganhar expressão nacional”, assinalou. No Paraná, existem 40 centrais de negócios. O Encontro foi aberto pela palestrante Sandra Mara Havagge. Ela realizou uma apresentação performática, com enfoque em música, dança e teatro, para falar da busca pelo sucesso. A plateia respondeu com entusiasmo.
Laerte Paludetto preside a primeira central de negócios de tecnologia da informação criada no Brasil, a Central de Inovação, Desenvolvimento e Negócios Tecnológicos (Cintec), de Londrina (PR). A instituição reúne 60 MPE. Para ele, esse sistema associativo aumenta a capacidade de negociação dos empreendimentos de micro e pequeno porte. “Nesses dois anos em que atuamos, conseguimos uma economia com custo operacional de 20% para as participantes e trouxemos significativos benefícios aos nossos funcionários. Isso é importante, pois trabalhamos num mercado com alta rotatividade. Precisamos reter nossos talentos”, contou.
A Cintec já colabora com centrais de negócios de outros estados, para aumentar ainda mais o poder de barganha das MPE envolvidas. A NextBuy, rede de Salvador, também de tecnologia da informação, surgiu inspirada na parceira paranaense. “O Sebrae nos apresentou o caso da Cintec quando pensávamos em unir forças em Salvador”, lembrou Martin Noel Orellana, representante da NexBuy. Os dois grupos já realizam negociações em conjunto, como a compra de tíquetes de alimentação para os empregados. “Conseguimos um desconto que só grandes empresas costumam conquistar”, comemorou Martin.
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