Natal – Há muita agitação em torno de Pipa (RN) neste final de semana. Porém, as razões que levam visitantes à mais famosa praia de Tibau do Sul – a cerca de 85 quilômetros da capital potiguar – não são apenas os movimentados bares e restaurantes da cidade e sim o IV Festival Literário da Pipa (FliPipa), que acontece até este sábado (24).
Um misto de música, teatro, arte popular e renomados autores da literatura nacional toma conta da praia com o apoio do Sebrae no Rio Grande do Norte. Na abertura do evento foram feitas análises das obras de Câmara Cascudo e Carlos Drummond de Andrade, além de um bate papo com o escritor Zuenir Ventura e com a jornalista Joyce Pascowitch.
“O festival já virou uma referência na área literária e o Sebrae, através do projeto de cultura, não poderia deixar de estimular o pensamento crítico e a formação cultural ancorada no hábito de ler”, destacou o superintendente da instituição no estado, José Ferreira de Melo Neto.
Na área do empreendedorismo, foi montada a Vitrine Sebrae com a produção de grupos de artesãos apoiados pela Instituição. “Trouxemos o artesanato ao FliPipa para entrelaçarmos cultura, literatura e também arte popular, feita com muito talento pelas mãos dos nossos artistas”, justifica o superintendente.
As reflexões do primeiro dia da tenda literária transitaram principalmente sobre o modernismo. O primeiro olhar foi sobre a poética de Câmara Cascudo, com leituras de trechos do livro Made in Africa, publicação de descoberta da África negra portuguesa, no qual o autor potiguar encontra elos entre o Brasil, em especial o nordeste, e o continente africano, sobretudo a parte ocidental.
Na segunda mesa da noite do festival, Antônio Cícero (RJ) leu alguns trechos de poemas de Drummond para contextualizar a obra do poeta mineiro, apoiando-se no binômio modernismo e modernidade. Antônio Cícero diferenciou e identificou os sinais dos dois elementos da escrita de Drummond.
Jornalismo
Joyce Pascowitch, mediada por Tácito Costa e Eliana Lima, discutiu os bastidores da notícia, relacionando jornalismo, cultura e sociedade, enquanto Zuenir Ventura, autor do consagrado 1968, O ano que não terminou, dividiu a mesa com o jornalista Woden Madruga para falar de ficção e memória, partindo de suas obras e suas experiências como jornalista premiado e escritor.
Na avaliação de uma das idealizadoras, Candinha Bezerra, o festival vem agregar novas experiências à parte cultural da praia. “A Pipa tem uma gastronomia já consolidada e queríamos proporcionar um ambiente cultural que é gerado pelo festival. A intenção é aproximar os autores do público”. De acordo com Candinha Bezerra, outra frente para incentivar a formação dos jovens locais foi absorvê-los na parte receptiva do FliPipa. Cerca de 20 jovens – alunos de escolas públicas do município – foram capacitados pelo Sebrae para atuar como voluntários no festival.
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