Como seres humanos imperfeitos, que tendem a perceber com mais facilidade os defeitos dos outros, do que as nossas próprias deficiências, é normal que acabemos muitas vezes presos a inércia de uma sórdida e maledicente zona de conforto, que acaba comprometendo não apenas o nosso nível de produtividade, mas também a qualidade do nosso trabalho.
Quando isso acontece, e conseguimos atentar para este fato, então está na hora de rever os nossos métodos de trabalho, e o nosso conceito pessoal, concernente a uma auto avaliação profissional. Não é incomum que, muitas vezes, venhamos a cometer sérios erros de julgamento na avaliação de nossos próprios critérios, e assim acabamos nos dedicando demais a trabalhos relativamente irrelevantes, e, paradoxalmente, trabalhamos pouco em tarefas que mereceriam muito mais empenho e dedicação. Não obstante, todos devemos estar atentos para a qualidade e a eficiência dos serviços que prestamos, para os nossos clientes, e também aos nossos empregadores. Existem quatro passos muito interessantes, que são fundamentais para que você desenvolva um melhor desempenho profissional.
1º – Verifique quais são as suas prioridades.
Todos temos tarefas prioritárias, e obrigações secundárias. Evidentemente, enumerar as suas prioridades é uma necessidade, que irá ajudá-lo a concentrar-se nas tarefas que devem ser concluídas antes. Indubitavelmente, todas as nossas obrigações devem ser executadas, mas evite pular etapas que poderão ser enorme fonte de consternação posteriormente. Deixar para depois um trabalho de enorme importância, cujo prazo é relativamente apertado, apenas porque o cliente não está cobrando, ou porque você talvez não se sinta particularmente inspirado no presente momento, pode ter sérias consequências mais tarde. Você pode se ver obrigado a realizar um laborioso e complexo trabalho, em um curto período de tempo. E – como diz o ditado – sendo a pressa inimiga da perfeição, a qualidade final do trabalho pode vir a ser, no mínimo, questionável, o que acarretará na possível perda do cliente, ou em grande insatisfação de sua parte. Portanto, ter as suas prioridades muito bem estabelecidas é fundamental para você ter êxito, em todo e qualquer empreendimento no qual você vier a envolver-se.
2º – Elimine por completo as distrações.
Usar as redes sociais no local de trabalho é uma das maiores razões para a falta de produtividade. Como nem todas as empresas monitoram ou proíbem seus empregados de usá-las durante o expediente, elas acabam tornando-se uma expressiva e consistente fonte de distração. Embora não há problema algum em usar se, de fato, não temos absolutamente nada a ser feito, é sempre bom limitar em cinco minutos, no máximo, qualquer interação online feita no local de trabalho. O melhor é usar as redes sociais apenas durante o intervalo, com a possível exceção de que venha a ser usada por questões intrinsicamente ligadas as nossas atividades profissionais.
3º – Fuja da Síndrome de Burnout.
Também conhecida, como a disfunção do esgotamento profissional, a Síndrome de Burnout ocorre quando um indivíduo não apenas trabalha demais, mas ao invés de delegar tarefas e funções, tenta fazer tudo sozinho. É o legítimo “carregar o mundo nas costas”: o profissional atende a reuniões, conferências online, elabora projetos, leva trabalho para casa, responde aos e-mails dos clientes e dos investidores, desenvolve layouts durante o intervalo do almoço, elabora gráficos, planilhas e projeções de mercado, faz horas extras todos os dias, trabalha arduamente nos finais de semana e assim por diante. É possível aguentar este ritmo por um determinado período de tempo, quando se é bem jovem. Não obstante, o indivíduo que apenas trabalha, eventualmente, entrará em colapso. É necessário, em qualquer empresa, que se desenvolva o hábito de trabalhar em equipe, além de ser impreterivelmente fundamental que aqueles em posições superiores na hierarquia de comando da empresa aprendam a delegar funções. Um único indivíduo não consegue ter o mesmo nível de produtividade de uma equipe. É mais produtivo, e muito mais salutar, tanto para o indivíduo, quanto para a empresa. Além de terrivelmente debilitante para o profissional que desenvolve este comportamento nocivo, a empresa sai prejudicada, em função de que indivíduos que desenvolvem este padrão sistemático de excessos, em virtude do seu estilo de trabalho individualista e centralizador, dificilmente compartilham informações sobre os projetos nos quais estão envolvidos. Na hora em que estas informações são necessárias, elas nunca estão à disposição de quem precisa, o que pode muitas vezes comprometer a imagem da empresa diante do cliente.
4º – Evite a procrastinação.
Procrastinar, ou adiar tarefas, obrigações e afazeres, é algo tão corriqueiro quanto comum no que tange o comportamento humano. Por isso, é fundamental que criemos o hábito de lutar constantemente contra essa tendência. Um exercício interessante que tem ajudado inúmeros empreendedores a lutar contra a procrastinação é a famosa regra dos cinco minutos. Por cinco minutos, você dará tudo de si, na tarefa mais imediata que tem a executar. Se o trabalho engrenar, por assim dizer, e você sentir-se inspirado a continuar, continue por mais cinco minutos. E depois, por mais cinco minutos. Você ficará muitíssimo animado ao perceber como essa estratégia funciona, e em quão produtivo você pode ficar, ao aplicá-la.
Evidentemente, todos temos muito a melhorar, no quesito produtividade. A vida profissional é uma aula constante, um aprendizado que nunca termina. Mas lembre-se: produtividade sem qualidade não tem valor algum. Portanto, nunca devemos negligenciar, em nosso trabalho, que valores como empenho, dedicação e comprometimento estejam presentes, e invariavelmente interligados. Ainda que nunca alcancemos o nível máximo de perfeição, devemos buscar continuamente a excelência profissional. Afinal, nada é mais valoroso do que entregar ao cliente um trabalho que satisfaça plenamente as suas expectativas.