Vitória – O empresário Enildo Carrafa começou vendendo pastéis em um carrinho na praia. Após procurar o Sebrae no Espírito Santo e participar de cursos, o comerciante viu seu empreendimento crescer e hoje a pastelaria D’Carrafa também abastece outros estabelecimentos com seus salgados.
A história do empreendimento começou há seis anos, quando Enildo decidiu arrendar um carrinho e vender pastéis e caldos de cana na praia de Guriri, localizada em São Mateus, no norte do estado. Após muitos dias vendendo seus produtos, ele conseguiu juntar a quantia exata para comprar o carrinho. A partir daí, iniciou o negócio familiar, ainda com muita dificuldade. “Eu e minha esposa estávamos quebrados, sem dinheiro algum para investir. O pouco que conseguíamos com a venda dos pastéis e caldos servia apenas para a compra de matéria-prima”, conta.
Durante três ou quatro meses a rotina do casal ficou marcada pela intensidade do trabalho. Eles compravam o material pela manhã, fabricavam os produtos e vendiam ao longo do dia. Com muito sacrifício, conseguiram adquirir uma bicicleta equipada para comercializar melhor o seu produto. A facilicade do deslocamento permitiu que incluíssem a pamonha no cardápio. A diversidade aliada à boa qualidade dos produtos fez com que a clientela aumentasse.
Após um ano e oito meses de muito trabalho, Enildo ouviu falar sobre os cursos oferecidos pelo Sebrae no Espírito Santo e resolveu se inscrever, com a certeza de que isso seria providencial para a continuidade do sucesso da sua pastelaria. O casal morava de aluguel e resolveu utilizar o espaço de casa como ponto comercial. As vendas aumentaram um pouco mais, o que já foi o suficiente para que alugassem um local próprio e independente para comercializarem os seus produtos e contratarem um funcionário.
Há três anos, Enildo Carrafa foi aconselhado a se formalizar e tornou-se um Microempreendedor Individual (MEI). O empresário continuou participando de cursos, palestras e oficinas ofertados pelo Sebrae. Com o conhecimento adquirido, o comerciante teve a percepção de que era necessário investir mais no negócio para obter retorno. A cada seis meses, fazia uma reforma no seu ponto de venda, como forma de otimizar o espaço e valorizar a clientela que já se tornava fixa.
“Nosso estabelecimento cresceu de uma forma impressionante, a ponto de surpreender até os clientes mais antigos. Lembro que, no começo, meu faturamento era de R$ 5 mil por mês. Nos últimos seis meses, meu faturamento aumentou cerca de 500%. Hoje, contamos com cinco funcionários, que já não dão conta da demanda. Por conta disso, vou precisar contratar mais duas pessoas”, explica Enildo. E completa: “Hoje, além de vender no meu ponto, abastecemos lanchonetes com salgados dos mais variados tipos, tanto no Espírito Santo como em outros estados. Produzo salgados assados, salgados fritos, pamonha, papa de milho, sucos naturais e agora vou começar a produzir salgadinhos para festas”.
Empretec
Segundo o empresário, apesar de todo o sucesso, sua empresa tem muito mais a crescer. “Se não me falha a memória, já fiz cerca de 17 cursos, oficinas e palestras, e não pretendo parar de me especializar. Já me inscrevi no Empretec, que deve começar no mês que vem. Estou fisicamente esgotado por conta da alta tanta demanda, mas estou feliz por ver algo que começou do nada estar tão sólido”, assinala o empreendedor.
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