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Produtores se organizam para atender mercado crescente


Brasília – Basta caminhar pelas quadras de Brasília para perceber a mistura de cores e texturas que amenizam o concreto do cenário urbano. Os canteiros espalhados por todas as quadras fazem a capital assumir o sentido de cidade-jardim. Mas o que pouca gente sabe é que a maioria das flores vem de fora, principalmente de Holambra (SP). A produção local ainda é pequena para atender o consumo da capital. O jeito foi buscar no associativismo uma saída. Em parceria com o Sebrae, 31 produtores se uniram e criaram a Associação Brasiliense dos Produtores de Flores e Plantas do DF e Entorno. Eles ainda pretendem reunir as 120 propriedades rurais do Distrito Federal voltadas para o plantio das mais variadas espécies de flores, folhagens e arbustos.

Enquanto o mercado exportador ainda é coisa para o futuro, o caminho mais curto é aumentar o consumo local. A associação criou um espaço exclusivo para a comercialização de flores e outras plantas diretamente ao consumidor nas Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa/DF), batizado de Central Flores. Além de encontrar vários produtos em um só lugar, o consumidor também paga menos. Enquanto a dúzia dos copos-de-leite, por exemplo, é vendida nas floriculturas de Brasília por R$ 35,00, na associação vale R$ 12,00.

Diferente da paulista Holambra, o grande potencial no DF são as plantas tropicais, chamadas flores de corte. São espécies que exibem folhas de textura firme e cores vibrantes, cada vez mais valorizadas principalmente na Europa. Uma helicônia, por exemplo, pode valer 15 euros na Alemanha. A presidente da associação dos produtores, Márcia Jakubowski, reconhece que o desejo maior  é atender o mercado externo. Mas além do ainda baixo volume ofertado, fatores como a carência de infraestrutura local atrapalham o comércio do produto. “As flores são perecíveis e precisam de local adequado para armazenagem. O aeroporto de Brasília não conta com essa estrutura e isso prejudica a qualidade do produto que chega ao comprador”, enumera Márcia.

Até mesmo levar o produto do DF para outros estados encarece a transação. O quilo das flores tropicais de Brasília chega ao mercado de Santa Catarina por R$ 15,00. Se sair de Alagoas, por exemplo, valerá R$ 3,00. O frete caro é o principal responsável por essa diferença. “Já falamos com as companhias aéreas, mas eles alegam que não podem reduzir o preço do frete porque o volume é pequeno. Mas, por outro lado, vendemos pouco porque é caro. Uma coisa puxa a outra”, afirma Márcia Jakubowski. 

Ela acredita que a dinamização do mercado local pode trazer outros produtores rurais para o negócio das flores. Com isso, a produção aumentará e os custos, em consequência, serão reduzidos.  A promoção das flores locais é uma das estratégias adotadas para conquistar o mercado. Em conjunto com o Sebrae, os produtores participarão de feiras do setor. Segundo Rafaela Rosa, gestora de projetos do Sebrae do Distrito Federal, a cadeia produtiva das flores no DF terá espaço na Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas (Hortitec) e do Encontro Nacional de Floristas (Eneflor), dois dos mais importantes eventos do ramo, realizados em Holambra, em junho e julho. Também está prevista a participação de produtores e floristas de Brasília na Feira Nacional de Flores, Decoração e Plantas Ornamentais (Fest Flor/Brasil), que acontece na capital federal no segundo semestre deste ano.

Consumo

O poder aquisitivo elevado dos brasilienses deixa os produtores e comerciantes de flores do DF otimistas. Os números da Terracap – empresa responsável pela manutenção dos canteiros de Brasília e que monitora o mercado— mostram que o consumo cresce cerca de 30% ao ano. A média nacional é de 20% de aumento da demanda. A capital já tem o terceiro maior consumo individual de flores do país. Mesmo assim, adquirir um arranjo ou um ramalhete na floricultura ainda não pode ser considerado um hábito dos brasilienses. Os números oficiais mostram que em média, cada morador da capital gasta R$ 24,00 por ano com plantas. Pouco, se comparado aos vizinhos argentinos, por exemplo, que desembolsam até R$ 12,00 a mais, em média.

Outro desafio é mudar a preferência da clientela das floriculturas de Brasília. A maioria ainda prefere espécies tradicionais, como as rosas, que estão no topo da lista de consumo. O desafio é despertar o gosto dos consumidores para as flores de corte, mais adaptadas ao clima seco do cerrado e que é fonte de renda para as famílias locais.

O crescimento do setor também resultará em oportunidades de emprego. Um hectare plantado com flores exige, pelo menos, 10 trabalhadores. No entanto, há poucos profissionais capacitados para a atividade. Em parceria com o Sebrae, os produtores organizam  oficinas para formação da mão-de-obra local. “Recentemente treinamos pessoas com deficiência visual para trabalharem na confecção de arranjos. Trouxemos um especialista em arranjos florais do Espírito Santo”, finaliza a presidente da associação dos produtores de flores de Brasília.

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