Brasília – As mulheres são maioria entre os mais de um milhão dos tomadores de crédito do Crescer. Duas em cada três pessoas que buscam o Programa Nacional de Microcrédito, segundo o Ministério da Fazenda, são do sexo feminino. Os números foram apresentados na tarde desta terça-feira (3), durante evento promovido pelo Sebrae. Pelo levantamento, mais de 666 mil empreendedoras já pegaram o financiamento desde que ele foi lançado, em agosto de 2011. O Encontro Nacional de Inclusão Produtiva, em Brasília, segue até quinta-feira (5). O encontro reúne cerca de 600 colaboradores e agentes de orientação empresarial do Sebrae.
Os dados do Ministério da Fazenda mostram que cada tomador resgata, em média, R$ 1,2 mil em crédito para investimento ou capital de giro e leva 14,7 meses para quitar o empréstimo. O Crescer é oferecido por quatro instituições financeiras: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia. A atuação do Sebrae começa na formação dos agentes de crédito que trabalham nesses bancos e termina no acompanhamento de como os empreendedores estão utilizando os recursos. O objetivo é garantir o desenvolvimento dos negócios.
No Banco da Amazônia, o Crescer foi desenvolvido dentro do Amazônia Florescer, programa de crédito da instituição que atende empresários das áreas urbana e rural, e empreendedores individuais. Os dados da instituição mostram que 98% dos tomadores de crédito são empreendedores que ainda não se formalizaram. “Nossa meta agora é estimular a formalização desse público como empreendedor individual (EI)”, afirma a gerente de Microfinanças e Agricultura Familiar do Banco da Amazônia, Cristina Lopes. Cristina diz que a linha específica para atendimento dos EI possui uma carteira de R$ 20 milhões para 2012. Desde agosto, a instituição liberou R$ 1,7 milhão a 386 trabalhadores por conta própria formalizados.
Segundo o gerente executivo do Ambiente de Microfinanças Urbana do Banco do Nordeste, Charles Diniz, os empreendedores que buscam o Crescer “precisam de acompanhamento permanente do assessor de crédito para se desenvolver”. A instituição possui postos de atendimento em 1.878 municípios, em diferentes estados. Desde que criou uma linha específica para o programa, a instituição realizou empréstimos a 48 mil EI com um desembolso total de R$ 193 milhões.
Com cerca de 50 mil clientes atendidos desde setembro, o Banco do Brasil concedeu mais de R$ 145 milhões à linha do Crescer. “O desafio é desenvolver o máximo possível. Queremos chegar à base da pirâmide, um mercado enorme que não está sendo atendido”, afirma o gerente de divisão de Empreendedorismo do Banco do Brasil, Maciel Thomaz da Silva. “A parceria com o Sebrae é fundamental para casar a liberação de crédito com atuação empresarial. A empresa mais capacitada tem mais facilidade para acessar o crédito”, completa.
Desafios
Os bancos precisam vencer algumas barreiras para elevar a oferta do microcrédito produtivo e orientado. Entre esses desafios, segundo a gerente Nacional de Inclusão Produtiva da Caixa, Janice Fernandes, está vencer a desconfiança dos tomadores, diminuir o alto índice de restrições cadastrais, reduzir o valor médio do empréstimo individual, realizar um atendimento individualizado, construir canais de atendimento mais adequados e melhorar a estratégia de localização do empreendedor informal com perfil do Crescer.
A Caixa possui uma carteira atual de dez mil clientes do Crescer, principalmente em comunidades de baixa renda e em áreas que receberam obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A meta da instituição é chegar ao fim de 2012 com 100 mil clientes em carteira ativa. “Precisamos vencer a desconfiança do pessoal de baixa renda em tomar crédito bancário, e, principalmente, o público do Bolsa Família. As pessoas acham que o microcrédito pode cancelar o Bolsa Família”, afirma Janice.
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