São vários os predicados de Austin. Mas, em primeiro lugar, esqueça estereótipos mais texanos, principalmente o conservadorismo. A simpática capital do Texas é um reduto liberal, criativo, inovador e verde em pleno deserto. Alguns fatores contribuem para dar a Austin uma cara que é cool e meio hippie ao mesmo tempo.
A universidade do Texas fica localizada ali, o que leva muitos estudantes à cidade. Entre os maiores empregadores de Austin estão as empresas de alta tecnologia – e por isso a região é conhecido como “Colinas do Silício”, em referência ao Vale do Silício, em Palo Alto, na Califórnia. Dell, IBM, Intel, Samsung e Apple são algumas delas. Pelo menos dois grandes eventos acontecem anualmente na cidade, atraindo gente do mundo inteiro para lá.
Um deles é um dos maiores festivais de música dos Estados Unidos, o Austin City Limits. O outro nasceu em 1987 como um festival de bandas locais para se tornar parada obrigatória de quem busca inovação. O South by Southwest, o SXSW, que tem como pilares interatividade (com forte pegada tecnológica e empreendedora), filmes (com direito a lançamentos mundiais) e música (com shows para todo o tipo de gosto, do rock ao country, passando por indie e jazz).
Mesmo quando não está recebendo os grandes festivais, Austin tem cerca de 200 casas de shows, onde bandas ao vivo se apresentam o tempo todo. Vem daí o aposto de “capital mundial da música ao vivo”. Boa parte desses lugares se concentra na movimentada 6th Avenida. A cidade ainda tem outros atrativos, alguns bem estranhos.
A ponte da Avenida Congress, que passa por cima do rio Colorado, onde a população de cerca de 800 mil habitantes pratica de pedalinho a stand up paddle, serve de morada para um número assustador de morcegos. São 1,5 milhão deles, que saem em revoada ao pôr-do-sol.