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A grande farsa: protestos estão fazendo o mundo melhor


Alguns dirão que são os protestos e as guerras que fizeram o mundo avançar. Dirão que foram eles que propiciaram a riqueza e a liberdade que usufruímos hoje. Acrescentarão que só depois de uma guerra é que um país ficou livre ou que um povo teve sua independência. Pessoas foram às ruas e morreram em suas catarses. Protestaram, ofenderam, mataram e até chegaram a modificar algo na sociedade pela força. Entretanto, no final das contas, todo o resultado foi sempre uma concessão temporária, não uma conquista definitiva.

Se eu pintar o muro da minha casa de verde, aparecerão os que concordam que o verde cai bem da mesma forma que surgirão aqueles que dizem que ter pintado o muro de verde não foi uma atitude bacana.

Há milênios vivemos em uma sociedade com duas opiniões bem distintas e opostas sempre tentando ganhar a luta através da força. É o muro, é a opção sexual, é a cor de pele, é a classe social, é o sistema de governo, é a religião, enfim.

Nenhum protesto vai de encontro a real causa dos protestos

Fomos domesticados desde a infância a olhar pra fora e procurar os culpados pelos nossos problemas porque afinal, queremos ser felizes e acreditamos que a felicidade está nas coisas e nas relações que compõem a nossa vida. Por isso sentimos uma dor sem fim quando um amante vai embora, o time perde na final do campeonato, o governo comete algum deslize (ou muitos) e alguém ofende a nossa religião. Cada um desses aspectos da nossa vida são porto seguros da nossa personalidade e ficamos muito decepcionados quando perdemos algumas das amarras.

Acontece que a felicidade que buscamos não está fora de nós e sair pra rua para gritar, ofender, matar e humilhar (tanto do lado de quem protesta como do lado de quem tenta evitar o protesto) é bobagem. Enquanto brigarmos uns com os outros e nós, com o nosso passado, sofreremos muito.

O mundo não avançou porque fomos às ruas protestar.

O mundo avançou porque algumas pessoas decidiram fazer a sua parte da sua maneira, do seu jeito, lutando contra si próprio.

“Qualquer tipo de luta sempre é contra si mesmo.” (Tweet Isso)

O gigante nunca vai acordar com esse barulho

Todo esse barulho não faz o gigante acordar, pois quem possui o gigante no peito se distrai bastante com o barulho de tiros, rojões e gritos de guerra.

Esses barulhos motivam quem tem o gigante no peito a pensar ser um gigante, mas não um gigante de verdade. Continuamos adormecidos em frente as telas acompanhando e compartilhando nosso falso gigantismo.

Só quando abandonamos o desejo de sermos gigantes é que nos tornamos um, mas quem está disposto realmente a libertar o seu gigante?

A libertação dos escravos teria sido mais efetiva se todos os escravos juntos parassem de trabalhar resistindo sem violência a violência dos seus “donos”. O dono não poderia matar todos os escravos porque tinha que produzir para ganhar dinheiro e uma conversa teria que ser iniciada.

Outros protestos, contra a copa do mundo, contra o aumento de preço das passagens dos ônibus, contra o preconceito com a mulher, entre outros, poderiam ser todos guiados pelo real despertar do gigante. Aquele que não quebra e que não mata, mas que se modifica para ser a diferença que deseja no mundo.

Imagine várias televisões desligadas, supermercados vazios, estádios sem público, shopping às moscas e todas as pessoas juntas em casa preocupando-se com aquilo que é realmente mais importante para elas: sua família, seus afazeres e o seu futuro.

Porém é muito “difícil” (é mesmo?) abandonar o status de compartilhar com os amigos e familiares o que aconteceu ontem no reality show ou na novela. É muito “difícil” deixar de lado as grandes marcas de roupas. É muito “difícil” deixar seu time entrar em campo sozinho. Tudo é muito “difícil” porque apesar de querermos a felicidade e sabermos que ela virá do despertar desse gigante, queremos mesmo é continuar sendo aquilo que estamos sendo: protestadores!

Tudo o que precisamos é amor!

Precisamos amar a nós mesmos da maneira que somos e focar nos problemas do mundo que nós podemos realmente ajudar a resolver.

Abraçar as pessoas de todas as classes sociais, de todos os sexos e opções sexuais, de todas as cores e formatos.

Precisamos abraçar a ideia de que cada pessoa é diferente de nós, mas que nem por isso são contrárias a nós. Elas são apenas pessoas diferentes buscando a mesma felicidade que nós buscamos.

Esse post não é um incentivo a não ir pra rua protestar, mas para ir com a consciência que cada atitude nossa, por pequena que seja, já é um protesto.

  • Protestemos todos os dias contra o pré-conceito de qualquer tipo dando o que temos a mão para quem nos pede, seja dinheiro ou alimento.
  • Protestemos contra a má educação do país com “bons dias”, “boas noites” e palavras de gentileza em qualquer lugar que formos.
  • Protestemos contra a ignorância de alguns sobre os outros conhecendo o nome de quem serve a nossa família, seja na pizzaria, na mesa de bar ou na portaria do prédio.
  • Protestemos contra a violência sem agredir nossos filhos seja com palavras, atitudes ou ações. Repitamos isso no trânsito e no trabalho.
  • Protestemos contra o sexismo lavando a louça ou consertando um vazamento em casa, seja homem ou mulher.
  • Protestemos contra o preconceito de cor, vendo os benefícios de cada raça e elogiando a beleza de cada tipo de pele.
  • Protestemos nas ruas, cada um, contra a corrupção pagando seus impostos, sem furar fila e fazer gato de luz, de água, de tv ou internet.
  • Protestemos na rua contra a tristeza levando alegria a quem quer que cruze o nosso caminho.
  • Protestemos, em tudo, com amor.

Se você quiser se unir a outras pessoas neste movimento pelo amor, vá em frente e abrace tantos quantos estranhos encontrar pela frente. Una-se a eles. Junte-se. Fique quieto. Medite até. Converse coisas amenas, não enfrente os outros, apenas se enfrente. Esta é a verdadeira revolução.

Se a polícia aparecer, abrace ela também, saia de onde ela não quer que você fique e continue caminhando com a multidão para onde você for levado por ela.

Quando assisto a qualquer uma das cenas dos protestos que acontecem agora no Brasil, enxergo as mesmas pessoas com os mesmos desejos em lados opostos ao invés de juntas.

Se cada um, ao ler esse texto, policial, político ou membro do protesto, libertar com amor o seu gigante, rapidamente teremos um país e um mundo melhor.

Mas como eu disse antes, parece ser “difícil”, muito difícil… infelizmente.

de insistimento d WdqtTZIU

de VisVprCXrAE

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