Na vida de um empreendedor, a sociedade é um fator importante para atingir – ou não – o sucesso com relação aos seus objetivos. Uma das tarefas mais difíceis e delicadas é a escolha do sócio. Ultimamente vejo pouco material de apoio para ajuda nesta etapa da vida empresarial. A escolha de um sócio com toda certeza é uma das atividades mais importantes do negócio. Não temos em nosso perfil todas as características empresariais que o mercado atual exige dos seus líderes. Nesse sentido, é muito importante quando os diferentes perfis se completam e somam para o sucesso da sociedade.
É justamente neste ponto que surge a primeira pergunta básica: quais são as melhores características do meu perfil empresarial? Esta é uma questão simples, mas, muitas vezes, difícil de ser respondida. Muitas pessoas não sabem o que fazem de melhor na vida profissional. Um ditado pessoal e que ajuda muito nesta etapa e que brinco com meus colaboradores é: “Quem vende não entrega e quem entrega não vende!” Esta brincadeira pode ajudar você a identificar se o seu perfil é de um profissional que vai desempenhar um papel estratégico da porta para fora da empresa ou da porta para dentro.
Este pode ser um bom ponto de partida! Se a sua resposta for que o perfil de um dos sócios tem expertise da “porta para fora”, comece a refletir que uma sociedade possível do seu negócio é escolher alguém com perfil da porta para dentro e vice-versa. Sempre o oposto. No meu caso, sou um profissional da porta para fora e, na minha empresa, minha missão vital é manter o relacionamento com os clientes, entender seus desafios e desenvolver ideias inovadoras. Já a minha sócia tem a capacidade de extrair as minhas ideias do papel e entregar com uma alta qualidade. E, desta forma, conseguimos realizar projetos diferenciados neste atual mercado de grande concorrência.
Outro ponto importante após a escolha do seu sócio é estabelecer as regras. Gosto muito do slogan do Arnaldo Cesar Coelho, que diz: “A regra é clara!” Essa prática é fundamental na sociedade! Ser transparente em relação aos objetivos de cada um, criar conceitos de interdependências e, acima de tudo, respeitar as áreas de cada um – são essenciais.
Quando a sociedade é familiar, estabelecer as regras é extremamente fundamental. Uma sugestão, nesse caso, é saber administrar para separar o lado pessoal do profissional, e não levar problema ou mesmo tratar de assuntos de trabalho em casa. Também vale manter o alto respeito com seu sócio nas pequenas comunicações como, por exemplo, escrever da mesma forma que você escreve para um cliente. A manutenção do respeito é um exercício diário e realizado nas pequenas atitudes. E, por fim, saber ouvir as ideias do seu sócio e respeitá-las é outro desafio importante. O diálogo é fundamental para encontrarmos as melhores soluções para a empresa e não para os desejos pessoais.
A sociedade pode ser maravilhosa e fundamental para o negócio, mas também pode ser um pesadelo. Nem sempre a história pode ter um final feliz. Nesse sentido, pense muito bem na escolha, pois você pode terminar uma amizade de anos, um casamento e até mesmo um sonho por uma sociedade mal escolhida. Saiba que ter sócio é ter chefe, ter responsabilidade e, principalmente, cumplicidade por tudo o que é combinado. Às vezes uma sociedade pode representar injeção de investimentos, mas também aumento de responsabilidades. Quando a eleição do sócio para o negócio é feita da maneira certa, vale a pena – afinal, a vida só tem graça quando conseguimos compartilhar nossos sonhos e desejos. De qualquer maneira, é necessário estar atento nos detalhes para conseguir ter uma sociedade de sucesso.