Em um primeiro momento, um smartphone com e-ink parece uma ideia terrível – “há muito lag na tela”, alguém diria. Mas reflita sobre a leveza, baixo custo e a incrível duração da bateria, e dá para entender porque a eInk, a empresa por trás dos Kindles e Nooks, tem planos para seu protótipo de celular.
O LaptopMag deu uma olhada neste protótipo – que ainda não tem nome – durante a Mobile World Congress em Barcelona. Eles explicam:
[Nós] ficamos impressionados com sua leveza, com a nitidez do texto na tela e com a possível duração da bateria… talvez porque ele possa usar uma pequena bateria ou um chip ARM mais antigo – Charbonnier disse que ele tinha um Qualcomm A5 – o design de referência pesava apenas 80 gramas e parecia leve como papel na nossa mão… O dispositivo foi feito para durar até uma semana com uma carga, e custar 150 euros sem subsídio.
Parece bom, não? Ele roda uma versão antiga do Android – 2.3! – com poucos apps para testar, mas pelo menos mostra que um smartphone com e-ink é possível. Claro, você teria que lidar com outros problemas: por mais que a bateria seja um grande atrativo, não é muito bacana se o lag deixar você querendo estilhaçar sua pequena tela contra a parede.
Navegar entre menus era dolorosamente lento, e mesmo que o dispositivo tenha suporte a gestos multitoque como pinch-to-zoom, nem sempre ele foi ágil em responder aos comandos. Também havia um grande lag quando ele redesenhava a tela, o que sempre foi um problema em telas e-ink, mas era particularmente devagar neste aparelho.
Mas, ei, este é apenas um conceito, não um produto final. A alternativa que a eInk está oferecendo está na linha daquele aparelho de duas telas da Yota: mostra que capas traseiras substituíveis para celular com e-ink custam algo em torno de US$ 50. É uma boa ideia, e colocar uma segunda tela no seu smartphone quando for necessário parece bastante sensato. Quem está interessado? [Laptop]