A Microsoft cometeu erros. Ela sabe disso. Mas a empresa mostrou em seu evento sobre o Windows 10 que não vai parar de apostar em um design de interface voltado para o futuro. É que ela está ficando mais esperta ao fazer isso.
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Os usuários do Windows passaram por uma longa jornada. Os lançamentos do sistema muitas vezes se encaixam em um padrão: um conjunto de mudanças mal-recebidas, seguido por uma versão mais estável que acalma todos.
O Windows Me chegou repleto de bugs e foi rapidamente substituído pelo Windows XP, que faz sucesso até hoje. Os problemas irritantes do Vista – como o UAC, que perguntava a todo momento se você queria mesmo abrir/instalar um programa – foram corrigidos no Windows 7.
Em seguida, veio uma tentativa de responder à popularidade dos tablets com o Windows 8, que foi desastrosa – a Microsoft correu para consertar o sistema, mas o estrago na percepção já estava feito.
O Windows 10 poderia ser visto como um recuo em relação ao Windows 8, uma regressão após a má recepção dos usuários ao sistema lançado em 2012. Mas não é. O Windows 10 é uma versão mais inteligente, mais sutil, e mais completa do que o Windows 8 tentou ser.
O retorno do menu Iniciar
Afinal, se o Windows 10 é apenas uma versão melhorada do Windows 8 – apesar do novo nome e dos novos recursos – então por que o Windows 8 fracassou? Não deveríamos estar preocupados que o Windows 10 vai fracassar da mesma maneira?
Bem, o Windows 8 foi a maior mudança na interface do usuário do Microsoft desde os anos 1990. O sistema operacional em si não é ruim. Na verdade, quem tomasse o tempo para aceitar as mudanças provavelmente ficaria satisfeito.
Mas a reação dos usuários foi rápida e foi brutal, focando em uma mudança aparentemente inócua dentro do sistema: o fato de que o botão e menu Iniciar foram inteiramente substituídos por um monte de quadrados coloridos, desprovidos de contexto ou pistas.