A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que houve expansão dos resultados de indicadores do setor no mês de agosto, com destaque para o emprego, na comparação com o mesmo período de 2012, que cresceu 2%, um ritmo que não era registrado desde 2011, informou a entidade.
Em comparação ao mês de julho, os indicadores faturamento real, horas trabalhadas na produção, emprego, massa salarial real e rendimento médio real também apresentaram melhora. A exceção foi a utilização da capacidade instalada (UCI), que teve queda no período comparado.
De acordos com os dados dessazonalizados, as horas trabalhadas na produção registraram crescimento de 1,3%, em agosto e o faturamento do setor chegou a 3,4%, ambos em comparação a julho. O emprego cresceu 0,8%, a massa salarial 0,3%, o maior nível do ano, e rendimento médio real, em 0,1%, todos na mesma comparação, informou a CNI.
“Estes dados mostram que a indústria está de certa forma em ritmo moderado, mas crescendo um pouco. Aumenta a produção, termina gerando mais emprego. Com isso, gera mais renda e termina tendo mais impacto no rendimento real e no consumo das famílias”, disse Flávio Castelo Branco, gerente executivo da CNI.
No caso da UCI, com dados dessazonalizados, o índice caiu de 82,3% para 82%, de julho para agosto. É o menor patamar de utilização da capacidade instalada no ano. Em comparação ao ano passado, o indicador permaneceu instável.
“Pelos dados mensais, esses números mostram sempre alguma oscilação. O uso da capacidade instalada pode ser até uma sinalização positiva, que houve uma maturação dos investimentos, que novos investimentos entraram em operação à espera de uma demanda futura, que venha ocupar essa capacidade adicional colocada nas empresas”, avalia Flávio Castelo Branco.
De qualquer forma, ele disse ainda que não crê que a performance dos indicadores industriais prossiga de forma diferente da apresentada em agosto. Segundo o economista, é provável que será observada essa melhora gradual, mas “talvez com pouco menos oscilações mês a mês, em uma situação mais estável”.
“As previsões se tornaram pouco mais favoráveis na virada do semestre. Creio que vamos virar o ano com um ritmo de crescimento um pouco mais positivo, sinalizado que, potencialmente, para 2014 segue pouco mais favorável”, disse.