A essa altura é provável que você já tenha visto um bastão de selfie, aquela vareta extensora que está se tornando febre em viagens, festas e pontos turísticos. Em vez de pedir a outra pessoa para que tire uma foto sua ou em grupo, basta prender o smartphone numa ponta e, com um botão, fazer o disparo via Bluetooth. Na Coreia do Sul, onde o equipamento é quase parte da cultural popular de tão comum, vendedores estão correndo o risco de pagar multas de até US$ 27 mil por venderem esse acessório.
Na realidade, por venderem bastões de selfie não homologados pelo equivalente sul-coreano da Anatel. Afinal, por mais simples e inofensivo que seja, um bastão de selfie com disparador remoto via Bluetooth é, para todos os efeitos, um equipamento de comunicação. Por lá, como aqui, uma lei define que todo dispositivo que emita ondas eletromagnéticas precisa ser certificado para poder ser vendido.
O governo sul-coreano deu início à investida contra os bastões de selfie não homologados semana passada. As autoridades estão fiscalizando pequenos comerciantes e pedindo a ajuda da população para apontar quem vende equipamentos ilegais. Só que o povo não foi pareceu receptivo à ideia.
Segundo a Quartz, os sul-coreanos são bastante encanados com intervenções governamentais em hábitos enraizados – e os bastões ou sel ca (de ”self câmera”), como são conhecidos lá, são populares desde muito antes da chegada dos smartphones, já na década de 1990. Além da reclamação de que isso seria uma tentativa de controle dos hábitos da população, alguns cidadãos dizem que é, também, uma forma de minar a atividade de pequenos fabricantes. [Quartz. Foto: Fumi Yamazaki/Flickr]
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