A DARPA, agência de pesquisas ligada ao Departamento de Defesa dos EUA, anunciou investimentos em pesquisas para desenvolver próteses neurais que recuperam a capacidade de formação de memória em pessoas que sofreram traumas cerebrais – especialmente soldados feridos em combate.
Chamado Restoring Active Memory (RAM), o programa trabalha no desenvolvimento de um dispositivo a partir do estudo de dois grupos separados de pesquisa. Um deles, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), usa dados coletados de pacientes com epilepsia para desenvolver um modelo do sistema hipocampo-entorrinal, envolvido no aprendizado e na formação das memórias. Já o outro, da Universidade da Pensilvânia, estuda pacientes com eletrodos implantados no cérebro para gravar dados quando eles jogam jogos de memória em computadores – o objetivo é, a partir disso, entender como a memória funciona.
A partir dos dois estudos, a ideia é desenvolver uma prótese que recupere a capacidade perdida de formar memória – como cientistas já conseguiram fazer em ratos no passado. Apesar de abordagens diferentes, os dois grupos têm como objetivo desenvolver modelos de computador que entendam como os neurônios codifica as memórias, em busca de uma forma de recuperar a capacidade do cérebro de formar memórias após sofrer algum grave dano.
O estudo será feito ao longo dos próximos quatro anos, e deve receber financiamento de US$ 40 milhões. Você pode ler mais sobre ele – em inglês – no site da DARPA no link a seguir: [DARPA via NYTimes, CNET]
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