Em uma noite qualquer, o garoto trabalhando até mais tarde ouve uma voz que o chama até a sala do chefe. Ele vai até lá e recebe a ordem para sentar, enquanto a cadeira presidente está virada para o lado oposto. Começa o discurso: ”Você sabe quem nós somos? Nós somos o poder. Estamos nos grandes centros de decisão. Por séculos temos controlado você, no trabalho, quando você está em casa, quando você sai… nós controlamos tudo. Nós somos… as cadeiras. E agora é hora de conquistar você”. É esta a maneira que a Publicis Espanha encontrou para falar sobre o posicionamento da Coca-Cola na luta contra a obesidade.
Foi uma bela sacada tirar o foco do refrigerante e jogar todo o peso da culpa, literalmente, na cadeira. E mostrar que, no final das contas, é o próprio consumidor que decide se vai ou não ser “conquistado” pela cadeira. É o que mostra o garoto do comercial ao perguntar: ”E se nos levantarmos?”
“Se vocês se levantarem, nós perdemos”, responde a cadeira.
E dá-lhe todo mundo levantando. A ideia é bacana, bem executada pelo diretor Nacho Gayan, da Agosto, e digna da Coca-Cola. Eu só me pergunto se realmente terá algum efeito, na prática. Afinal, nem sempre a beleza de um discurso o torna eficiente. Ainda assim, é um bom começo.
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Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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