Atlas produzido pelo Sebrae, MDIC, Ipea e IBGE destaca municípios com maior número de pequenos negócios e potencial de investimento
Os municípios paulistas são majoritariamente possuidores de quatro ou mais pequenos bares e restaurantes por mil habitantes, diferente de todos os demais estados brasileiros. No Rio de Janeiro, essa é uma realidade restrita à capital e arredores. Essas informações fazem parte do Atlas Nacional de Comércio e Serviços, que está sendo lançado no Simpósio Brasileiro de Políticas Públicas para Comércio e Serviços (Simbracs), em Brasília (DF).
Dentro da programação desta quarta-feira (13), o Atlas será tema da apresentação do gerente de Comércio e Serviços do Sebrae, Juarez de Paula. A publicação é resultado de um trabalho conjunto entre Sebrae, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com a apresentação geográfica dos indicadores relativos aos pequenos negócios do Comércio e de Serviços, a publicação chega para auxiliar os empreendedores na definição de investimentos e potencial dos negócios em cada município brasileiro.
Observando o Atlas percebe-se, por exemplo, que no litoral norte paulista e sul fluminense, em cidades como Ubatuba (SP) e Paraty (RJ) ou em Bonito (MS) e Fernando de Noronha (PE), há a maior concentração de pequenos negócios de Serviços em geral, com mais de 20 estabelecimentos por mil habitantes. “O fato indica que a vocação turística de uma região fomenta o setor de Serviços. A partir do conhecimento do número de estabelecimentos por cada grupo de mil habitantes, consegue-se uma maior precisão quanto ao potencial do negócio analisado”, avalia o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, ressaltando a importância do atlas para o empreendedor.
Esse aspecto fica mais evidente quando avalia-se a concentração dos pequenos negócios do setor de beleza. O Atlas revela, por exemplo, que as cidades de Torrinha (SP) e Rezende (RJ) apresentam uma proporção de pequenos negócios de serviços em beleza e estética semelhante à cidade do Rio de Janeiro, a única capital brasileira com mais de três empresas do segmento por mil habitantes. “Isso pode indicar boa oportunidade para aqueles que pretendem investir no comércio de cosméticos ou produtos e serviços pessoais vinculados à imagem e bem-estar do consumidor”, analisa Barretto.
Quando o assunto é diversão, salta aos olhos a concentração de bares e restaurantes no estado de São Paulo. Os municípios paulistas são majoritariamente possuidores de quatro ou mais pequenos bares e restaurantes por mil habitantes, diferente de todos os demais estados brasileiros. No Rio de Janeiro, essa é uma realidade restrita à capital e arredores.