O YOW é produto de uma história de amor com a internet e as experiências que tive com ela.
Eu usava a AOL quando estudava nos EUA para me conectar depois de ter recebido o famoso CD de instalação, prática comum para vender os serviços de conexão discada na época. Era 1998, e eu, que desde do Apple II era uma aficionado pela marca, usava um Mac Performa 8100, o que era a versão topo de linha na época.
Minha paixão por computadores e por conexão sempre foi compulsiva. Mas antes eu era “diferente”, agora eu sou mais do mesmo. Percebi isso no momento em que minha mãe agora com 64 anos está enamorada do Facebook e conversamos por Skype e e-mails.
Essa revolução digital ou revolução da informação está acontecendo rapidamente e tudo está mudando violetamente rápido. O ritmo da mudança mudou. Acelerou drasticamente.
E muitas pessoas estão com suas vidas profissionais e empresas sob risco gravíssimo e isso gera 2 possíveis reações naturais: o medo e a negação ou a adoção imediata. Rejeição ou aceitação.
Foi assim também na Revolução Industrial onde muitos países rejeitaram o modelo industrial e optaram por se manter no tradicional artesanato…um giro por alguns países do Oriente Médio pode ser o suficiente para saber as conseqüências econômicas dessa decisão.
É óbvio que esse processo não é tão simples nem tampouco claro. Ele vem em ondas. Muitas vezes pulamos de uma reação para a outra durante um mesmo dia mas com o passar do tempo é impossível negar: a internet vai mudar a forma de conduzirmos os negócios. Até para quem conviveu com os computadores desde seu começo.
De início humilde…
Lembro da loja de materias para construção do meu avô Francisco, com um computador Prológica 700 que ficava numa sala refrigerada ontem eu me sentia feliz. O computador servia para Folha de Pagamento e para Controle de Estoque. Rodava Cobol e Fortran, eu acho. A verdade que aquilo me fascinava e eu bisbilhotava por lá até que me tirassem quando eu já estava digitando algum nonsense.
Minha memória também tem uma lembrança clara do dia em que forcei meu pai a me comprar um Apple IIe clone (lembrem-se da reserva de mercado de informática que nos atrasou um montão). Meu pai dizia: “Pra que que serve isso?” e eu, “Mas eu quero”.
Alguns anos depois fiz um amigo que também compartilhava as mesmas paixões. Ele hoje gerencia uma área do Ci&T em Nova Iorque e está envolvido com a criação de aplicativos para iOS. Jogávamos basquete após a escola e depois ficávamos trocando informações cobre nossos TK-85. Por muito tempo ficamos fascinados por aquilo. O Márcio e eu fomos estudar no Colégio Técnico da Unicamp, ele, informática e eu, eletrônica, motivados por aquelas conversas sobre como funcionavam aquelas coisas. Era pura mágica. Na banca de jornais, éramos os geeks que olhavam as recém-lançadas MacWorld onde as propagandas da Apple eram como páginas da Playboy pra nós.
E o mundo como conhecíamos não existe mais…
O tempo passou e as coisas mudaram, avançaram. Aceleraram. E, a internet tomou conta do mundo e agora o seu uso é cotidiano, trivial, comum dia após dia. A internet tem suas limitações quanto ao acesso igualitário para todos os habitantes do planeta mas estamos num progresso rápido para que cada habitante tenha acesso quase que gratuito a grande rede. E o que é melhor, o cidadão é altamente empoderado com ela. Ganha força, ganha voz, ganha capacidade de acessar uma vasta e incomensurável quantidade de dados e informações que hoje estão disponíveis e crescem a um ritmo alucinado.
O cidadão pode encontrar a melhor oferta, a legítima, o original digital. E o “source code” é o que vale, a originalidade se paga afinal mas ela será cada dia mais rara. Indivíduos capazes de fazer sentido do caos veloz que estamos envolvidos será cada vez mais difícil de se encontrar.
E, estamos no meio a uma revolução, não podemos esquecer. Mesmo pra quem sempre esteve envolvido com as mudanças, o ritmo das mudanças é assustador. Pouca gente mesmo no mundo hoje consegue dar sentido às mudanças e proporcionar uma visão clara sobre as ações que devemos tomar para nos mantermos a tona e não afundarmos no tsunami de informações e mudanças nas fundações do mundo como conhecemos.
Para os negócios e principalmente interessante, para os pequenos negócios a solução vem de dois estudantes do MIT que resolveram cunhar um termo que sintetiza os esforços de marketing do futuro: Inbound Marketing ou Marketing Receptivo.
A era do Inbound Marketing
Mercados em rede estão começando a se reorganizar mais rápido que as empresas que os tem tradicionalmente servido. Graças a web, mercados estão se tornando melhor informados, mais inteligentes, e demandando qualidades perdidas na maioria das organizações.
Inbound Marketing é marketing receptivo via internet, simples assim. Ao invés de apoiar sua compra em propagandas e anúncios de TV, mais e mais gente está indo a internet e procurando, recebendo indicações de amigos e efetuando pesquisas para encontrar o que precisa.
Você vai ao Google e busca. Ou recebe uma recomendação de um amigo ou especialista ou, ainda, percebe algo novo compartilhado nas redes. E então busca um pouco mais, pesa as pontuações de resenhas dadas por consumidores, lê blogs, contrapõe prós e contras e então compara preços em sites de comparação, acha um fornecedor que tenha reputação para efetuar a compra e finito, compra e recebe. Se não recebe, coloca a boca no trombone e reclama na rede e “queima o fornecedor na nuvem”, expressão criada espontaneamente pela minha namorada há algumas semanas.
E é assim que é hoje em dia e num futuro próximo. E é por isso que inbound marketing embora ainda pouco usado pelas empresas brasileiras, é também o futuro do marketing.
Inbound Marketing usa de recursos como SEO, Marketing de Conteúdo, Marketing Viral, Captura de Emails por “giveaways” e muito mais para que sua marca seja achada na internet, compartilhada e comentada. Se possível, amada.
A revolução do ClueTrain é a revolução do Inbound Marketing
“Uma poderosa conversação global começou. Através da Internet, pessoas estão descobrindo e inventando novas maneiras de compartilhar rapidamente conhecimento relevante. Como um resultado direto, mercados estão ficando mais espertos—e mais espertos que a maioria das empresas.”
Em 2000, alguns acadêmicos e desesperançados corporativos norte-americanos lançaram o Manifesto ClueTrain. O manifesto ClueTrain é igual a internet, ninguém percebe até que ela mude tudo.
Bom, ele diz que as empresas conduziam na época um monólogo e que isso iria ser superado por empresas ou indivíduos que aceitassem os riscos de conduzir um diálogo, uma conversação com o consumidor dando a cara pra bater e se expondo. A pergunta é: isso mudou?
O consumidor está mais poderoso a cada dia. Veja por exemplo o que aconteceu na primavera árabe, o movimento Occupy Wall Street. Não são só eles mas todas as empresas, sem excessão que estão sob risco de terem suas reputações destruídas em “real-time” por uma chama acessa por um tweet, por um vídeo no Youtube ou uma conversa no Facebook.
A conversação não começa do dia pra noite. Uma conversação é fruto de um relacionamento e é isso que o Inbound Marketing incorpora e promete.
Inbound Marketing é um entendimento e práticas para criar um relacionamento franco e sincero com o consumidor através das novas tecnologias. Não é mercado consumidor, é o consumidor individual. Não existe massa ou segmentos difusos. Existem indivíduos poderosíssimos agrupados por valores alinhados e as empresas precisam entender essa nova dinâmica, onde o consumidor agora é a ponta forte da cadeia.
Essa reorganização social criada pela internet deixa as empresas a mercê dos consumidores e força a conversação franca e instantânea.
Por isso, quanto antes começar a se mexer e iniciar o relacionamento com seu primeiro consumidor da era digital, melhor.
É uma jornada longa e o primeiro passo já foi dado: você leu este texto e já começamos a nos relacionar.
Seja bem vindo ao mundo dos relacionamentos digitais.
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