Em 2012, o Brasil contava com 2,3 milhões de professores, segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). Esse é basicamente o mercado que a startup mineira Starline quer conquistar no momento.
A empresa tem três diferentes produtos: um sistema de gerenciamento de escolas, chamado Smart ERP; um sistema de gestão de provas; batizado de SGP; e um recém-lançado aplicativo para correção automática de provas.
Com esses três serviços disponíveis no mercado, a empresa vê um futuro otimista. Adriano Guimarães, um dos três cofundadores da companhia, afirma que em um período de dois anos conseguiu triplicar a receita e, no último trimestre, atingiu o tão sonhado break even (estágio lucrativo).
Segundo Guimarães, apesar de a empresa ter nascido há dez anos, ela mudou muito e seu criador já nem faz parte do corpo de cofundadores. As coisas ganharam outra perspectiva nos últimos dois anos, quando recebeu aportes de R$ 8 milhões da Gera Ventures e da Confrapar.
Hoje, além dos três serviços, eles já contam com 45 funcionários e acreditam que, nos próximos cinco anos conseguirão multiplicar o rendimento inicial entre cinco e sete vezes.
“O aporte foi utilizado para a escalabilidade da empresa, para a equipe de Pesquisa e Desenvolvimento, além de investimentos no time comercial e vendas”, explica Guimarães. O resultado disso tudo, foi um foco maior no SGP, que hoje é o carro-chefe da empresa, representando 65% das vendas, enquanto o Smart ERP representa 35%.
Exatamente por isso, eles desenvolveram e lançaram nas últimas semanas o Corretor de Prova, que permite o professor corrigir provas de múltipla escolha apenas utilizando a câmera do smartphone. O serviço é gratuito, mas o aplicativo oferece o tempo todo o SGP para o professor ter maior controle de notas, questões aplicadas, etc.
Pão de queijo, lápis e caderno
“O mercado de educação sempre foi bom, mas acredito que ficou mais aquecido nos últimos anos. O governo sabe que a educação é uma máquina não pode parar, o setor é uma necessidade básica em qualquer país. Recentemente, quando o governo começou a discutir investimentos mais pesados na educação (como direcionar 10% do PIB ou 10% do pré-sal para a área), não só traz os olhos do mercado como também faz com que apareçam mais empresas interessadas em captar parte desse investimento”, opina Guimarães.
Neste Brasil, a Starline afirmar ter clientes em todos os estados – eles dizem que atendem mais de 1 mil escolas e trabalharam, indiretamente, com 500 mil alunos. Guimarães afirma que a região sudeste ainda é uma das principais, mas, proporcionalmente, a nordeste é uma das que mais crescem – tanto na quantidade de escolas quanto nas vendas da Starline.
A empresa está localizada em Minas Gerais, palco de diversas iniciativas de fomento ao empreendedorismo. “Estamos vendo muita inovação e tecnologia aqui, o San Pedro Valley realmente se tornou um grande polo tecnológico. Hoje, nós aqui em Belo Horizonte concorremos com empresas de São Paulo por mão de obra – o que, inclusive, faz com que a folha de pagamento dos funcionários aumente”, afirma.
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