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Desafio: esqueça sua desculpa por um dia e #vadebike para o trabalho


Adquiri uma bicicletaee bbli há 2 meses e meio e até hoje pedalei 475 km, a maior parte no percurso casa-trabalho que tem 6 km e leva 20 minutos. Usar bike no dia-a-dia ajudou primariamente a mim – na saúde, no bolso de na mente – e também aos outros habitantes da cidade – com menos congestionamento e superlotação no transporte público.

Einstein em uma bicicleta

Albert Einstei teve a idéia da Teoria da Relatividade enquanto pedalava.

Este não é um manifesto anti-carro, pelo contrário, os automóveis são muito úteis, têm importância vital em nossos deslocamentos longos em também na economia do país; o que proponho aqui é um teste, uma reflexão para a mudança de nossa rotina e o uso dos meios de transporte segundo suas vantagens em cada ocasião.

Amsterdam, capital da Holanda, tem nas bikes um de seus principais símbolos, inclusive há um tipo de bike que é chamada de “holandesa“, tão grande é a ligação da capital com as magrelas. Após conhecer a cidade e voltar para a rotina em São Paulo em que me locomovia usando carro, taxi ou ônibus, notei a diferença de qualidade de vida que eu teria se pudesse me locomover de maneira mais inteligente na rotina cotidiana.

Na semana seguinte ao retorno da viagem de férias em que conheci a capital da Holanda, o trânsito de São Paulo estava tão caótico (quanto sempre) que tive que voltar a pé para casa 3 vezes num período de 5 dias úteis, caminhando os 6 km entre o trabalho e casa com mochila nas costas, e ainda assim cheguei em 40 minutos, mais rápido que nos dias que voltava de ônibus, taxi ou carro – já levei mais de 1 hora para percorrer os mesmos 6 km usando automóvel.

Imediatamente percebi a diferença que uma bike poderia fazer na minha rotina, eu poderia me movimentar de maneira mais inteligente pela cidade, e ainda faria um excelente exercício físico diário. Eu já vinha conversando sobre o assunto frequentemente com o amigo e colega de trabalho Fernando Mafra, fiz uma intensa pesquisa p/ achar o melhor modelo de bicicleta de acordo com meu gosto pessoal, liguei em importadoras e lojas e, dia 30 de maio, fui até a FreeCycle no bairro de Perdizes e saí com minha Nirve Classic.

Bicicleta Nirve Classic

Bicicleta Nirve Classic, 3 marchas

Desde a aquisição da minha bike, dia 30 de maio de 2012, já pedalei 475 km, queimando 14.000 calorias, a maior parte em viagens de 6 km (percurso casa-trabalho) que duram 20 minutos. Hoje percebo como minha vida melhorou após adquirir o hábito de pedalar diariamente, eu chego no trabalho mais disposto e bem humorado, estou fisicamente mais resistente, me estresso menos com os congestionamentos e atrasos gerados por eles e gasto 4 vezes menos dinheiro com transporte – o tanque de combustível do carro, que antes durava 15 dias, agora dura 45 dias pois uso o automóvel apenas nos finais de semana.

Ir de bike para o trabalho é, inclusive, uma conexão com a criança que há em cada um de nós, não há quem ande de bike pelas primeiras vezes após adulto e não lembre da diversão de pedalar pela vizinhança aos 8, 10 anos de idade. Pedalando temos uma nova conexão com sua cidade, entendemos melhor as nuances das vias, das curvas, observamos os pedestres, ciclistas e motoristas com quem cruzamos.

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É muito comum que pessoas que adquirem o hábito de pedalada cotiana se tornem militantes da causa, tal qual um novo-crente que descobriu as qualidades do cristianismo recentemente, um ciclista quer espalhar seu estilo de vida pela cidade e fazer a vida de todos melhor. Ao contrário do que normalmente ouvimos, o hábito de pedalar não melhora primariamente a vida alheia, não! Pedalar melhora, primariamente, a sua própria vida – pelos motivos citados no parágrafo anterior – e secundariamente a vida alheia – pois a cidade tem um carro a menos nas ruas e um cidadão mais saudável no médio-prazo. Um paulistano perde em média 3 anos de vida por causa da fumaça dos carrosee bbli.

Da mesma forma, quem diz “eu queria muito poder ir para o trabalho de bicicleta, mas…” tem uma desculpa, e não pense que escrevo “desculpa” de maneira pejorativa, muitas vezes as desculpas são aceitáveis, sinceras. Mas “minha região tem muita ladeira”, “o trânsito é violento”, “eu chegaria no trabalho muito suado”, “é muito longe”, “eu não tenho bicicleta” são só isso, desculpas. Sabe por quê? Porque quem precisa ir de bike não usa desculpas, e vai. 7% dos ciclistas cotidianos do país são das classes A e B, portanto, 93% dos ciclistas cotidianos do país são das classes C, D e E, muitas vezes por não ter desculpas (fonte: pesquisa do Metrô de São Paulo).

Proponho, portanto, o seguinte desafio: Essa semana, deixe sua desculpa em casa por um dia e #vadebike até seu trabalho. Peça para outra pessoa deixar as crianças na escola por um dia, ajuste sua agenda de reuniões para conseguir ir com uma roupa um pouco mais leve, alugue uma bike por um dia se você não tiver uma em casa, respire fundo e faça o seu caminho casa-trabalho pela primeira vez fora da bolha de vidro e aço que normalmente usamos. Depois conte aqui nos comentários, no Facebook ou Twitter, como foi sua experiência. Use a tag #vadebike para descrever sua experiência, assim fica mais fácil de monitorarmos quem deixou as desculpas na garagem e topou o desafio de pedalar durante um dia.

  • “Cada Real que fosse investido em reduzir a poluição renderia 8 reais de retorno para a cidade.”
  • “[Em São Paulo] os médicos legistas não conseguem mais saber se uma pessoa é fumante ou não”, sobre a poluição na cidade
  • “No Brasil, temos condições de fazer política pública baseada em ciência sólida. Mas os políticos ficam engraxando os sapatos dos setores econômicos que financiam as campanhas.”
  • “Quando comecei a dar aula, uma secretária me falou: ‘não venha mais de bicicleta’. Era um conselho bem-intencionado, que revelava a visão dela do que era ser um professor.”
  • “Poluição é problema de país pobre, não de país rico.”

As frases acima são do médico Paulo Saldiva, um dos maiores especialistas do mundo em poluição, professor e pesquisador da USP e de Harvard, ciclista, que deu uma entrevista para a Revista Vida Simples, Edição Especial #6, agosto de 2012.

Ninguém conta, mas há um clube secreto dos ciclistas, em que uns ajudam e apoiam os outros, e ao se cruzar pelas ruas, se cumprimentam pensando “um carro menos”.

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Via RSS de Marco Gomes

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