Na última semana, duas marcas tomaram conta das manchetes por causa de duas personalidades que as representam… ou representavam no caso de uma delas.
A primeira, a grife Christian Dior, se viu em uma espiral de polêmica quando um vídeo de John Galliano, um dos seus estilistas, caiu na internet. Nele, Galliano faz afirmações anti-semitas e declara seu amor a Hitler. Obviamente, a película amadora não agradou o público, os executivos da marca e nem uma de suas garotas-propaganda. Logo depois do vazamento, a atriz Natalie Portman, que acabara de protagonizar a campanha de um dos perfumes Dior, se desligou da grife. Galliano também teve seus laços cortados com a empresa.
As declarações de um dos nomes mais conhecidos da marca causou, e, provavelmente ainda causará, muita publicidade ruim para a Dior. Na semana de moda de Paris, na última sexta-feira (dia 4), o diretor da grife Sidney Toledano – também judeu, assim como Natalie Portman -, abriu seu desfile declarando: “É doloroso ver o nome Dior associado a declarações infelizes atribuídas a seu estilista, independente do quão brilhante ele seja”, disse.
Enquanto isso no Brasil, uma outra marca, dessa vez de cerveja, fez uma ação ousada ao escolher sua nova garota-propaganda. A Devassa, que antes era representada pela socialite, “cria confusão”, baladeira Paris Hilton, escolheu Sandy Leah – a Sandy da dupla Sandy e Junior – como sua nova porta-voz. O paradoxo, levado pela imagem que a cantora sempre passou de puritana, recatada e certinha, levou com que a marca virasse tópico de conversação de quase todos os círculos sociais.
Mesmo com os diversos comentários negativos sobre a estratégia, a Devassa provavelmente nunca foi tão comentada quanto antes – nem mesmo quando resolveu tampar a nudez do logo da cerveja.
Com esses dois exemplos, fica evidente que é preciso tomar muito cuidado com os nomes que você associa à sua marca , pois eles podem levá-la ao sucesso ou manchá-la por certo tempo.