Artigo por Luis Guilherme Zamarian*
Até a geração passada, muitos associavam o sucesso profissional como entrar em grandes empresas multinacionais e construir uma carreira dentro dela. Fazer parte de grandes nomes como P&G, Unilever, Ambev, Itaú, Bradesco, Santander, Petrobras, Odebrecht e outros gigantes representava não somente bons salários e estabilidade, mas também o seu status social.
Essa tradição ainda é representativa, porém, vem sofrendo uma grande mudança. O perfil de trabalho dos jovens profissionais tem migrado para empreendedorismo devido às grandes contribuições da revolução digital, intenso uso de smartphones, aplicativos, gadgets que abriram portas a um novo mercado digital com grandes oportunidades a serem exploradas. Estes jovens sonham cada vez mais em abrir seu próprio negócio por meio da concretização de Startups, enfrentando grandes e inúmeros desafios. Mundo dos negócios, chamado de “startup”.
Brasil como o ambiente de empreendedorismo
Segundo a pesquisa realizada pela GEM (Global Enterpreuneuship Monitor), o Brasil atualmente é o 4º país do mundo com o maior número de empreendedores. Ainda segundo a GEM, 43,5% dos brasileiros sonham em empreender enquanto apenas 24,7% querem seguir com a carreira nas empresas.
Muitos consideram o Brasil como um bom país para empreender, mas será que isso é verdade? Segundo a reportagem do jornal Estadão, o crescimento econômico robusto, combinado a grandes melhorias nas políticas de incentivo à inovação, torna o Brasil verdadeiro celeiro de jovens empreendedores. Entre os membros do G20, o Brasil é o 3º ambiente mais favorável ao empreendedorismo, atrás apenas de EUA e China, e ligeiramente acima da Alemanha e Canadá. Entre os jovens empreendedores brasileiros, 58% acreditam que o país é o melhor do G20 para negócios.
Integração do empreendedorismo com a tendência de mercado
Alinhando estes fatores macroeconômicos com as tendências de negócios mundiais, é possível perceber a grande valorização do comércio online para os empreendimentos. O termo ecommerce já é bastante popular para aqueles que querem abrir um seu próprio negócio, pelo grande benefício da facilidade do acesso à população não somente nacional, mas também internacional.
No Brasil, atualmente há inúmeras Startups de ecommerce. Dentre elas, uma Startup mais conhecida é a Netshoes. Muitos já devem reconhecer este nome, pelo seu alcance dentro do mercado de calçados. Ela oferece uma grande variedade de produtos de diversas marcas nacionais e internacionais. Outro grande exemplo é a Zocprint, uma gráfica online que vende produtos personalizados. Será que este modelo realmente é aceito no mercado brasileiro? A resposta é sim. Em menos de 2 anos já é um dos líderes do mercado nacional. Não se restringindo apenas a materiais gráficos como cartão de visita, flyers, banners e carimbos, a empresa também diversifica o seu portfólio para canecas e capas de celular personalizadas. Analisando um pouco mais esses dois modelos de negócios, a ideia de vender um produto já saturado no mercado não é nenhuma inovação. O grande diferencial é o fato de terem migrado o ponto de venda para o mercado online, no qual é possível alcançar consumidores de todo o território nacional e também internacional. Olhando também este meio de venda, será que vender via internet é uma inovação, sendo que já existia há um tempo, e há diversas empresas atuando e competindo entre si, explorando diferentes tipos de negócios? A resposta seria mais negativa.
Resumindo…
Resumindo toda a história, será que para empreender uma grande ideia inovadora é realmente necessária? Os exemplos acima mostram que nem todos os modelos bem sucedidos partem de ideias revolucionárias. O grande segredo do sucesso está no planejamento, timing e proatividade para que a sua ideia possa sair do papel e se concretizar. Se você possui uma ideia, que tal tomar a iniciativa e começar a estruturar, tirando-a da sua cabeça?
*Artigo por Luis Guilherme Zamarian, Marketing da Zocprint
Image: Businesswoman doing decision via Shutterstock
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