Por Juliana Bacci
Revista PEGN
Olhar vitrines é o hobby preferido de muitas pessoas. Mas, para que os vidros não desestimulem a entrada dos consumidores na loja, um número crescente de empresas tem inovado nos seus projetos arquitetônicos e tirado as suas vitrines. O modelo ganha força nos corredores de shoppings.
A grife de joias contemporâneas Barbara Strauss, por exemplo, adotou o modelo em 2009, sete anos após sua chegada ao mercado. Hoje, as seis lojas próprias da marca e suas 17 franqueadas não possuem vitrines. Vinícius Leal, gerente de marketing da companhia, classifica a nova arquitetura da rede Barbara Strauss como “convidativa”. “O cliente se sente mais à vontade para entrar na loja”, diz o executivo.
O conceito das unidades foi criado pela Marton&Marton, empresa especializada em soluções em arquitetura de varejo. Para José Marton, fundador da empresa, as lojas sem vitrines podem ser comparadas à internet. “Hoje, não há mais espaço para barreiras. Qualquer tipo de acesso ao consumo deve ser livre. Tirar o vidro torna uma loja mais simpática, receptiva e democrática, aumentando as vendas”, diz Marton, que também “arrancou” as vitrines de lojas como Eudora, do grupo O Boticário, e Lool.
Quando aconteceu a mudança na arquitetura das lojas Barbara Strauss, seus colaboradores passaram por um treinamento para que entendessem o novo conceito e, a partir daí, fossem criadas estratégias para a decoração da loja e a abordagem dos clientes. “Nossas vendedoras sempre perguntam às consumidoras se elas conhecem a loja, apresentam o espaço e explicam que elas podem tocar nas joias e experimentá-las”, afirma Leal.
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