A nova aceleradora Gema tem como fundadora Luisa Ribeiro, que também fundou e dirigiu uma das primeiras aceleradoras do país, a Papaya Ventures. Luisa falou com o Startupi e contou um pouco mais da nova aceleradora.
A empreendedora formada em engenharia concebe a Gema, uma aceleradora voltada para negócios B2B, pouco tempo depois do fechamento da Papaya, porém não fala sobre sua primeira aceleradora, que já parece estar no passado.
Confira a conversa com Luisa Ribeiro:
Por que a aceleradora é focada apenas em negócios B2B?
Diferentemente dos modelos B2C, que de uma hora para outra podem viralizar e conquistar milhões de usuários, as startups B2B exigem mais paciência para decolar. Porém, elas têm o poder de gerar receita desde o primeiro dia, o que é algo fundamental para startups. Acreditamos em geração de receita antes de qualquer coisa.
Além disso, entendemos que no Brasil, negócios B2B são mais concretos e viáveis para saída do investimento, via aquisição, por exemplo, dado a fase de maturidade (ou falta de) do nosso ecossistema.
A Gema exige um negócio em funcionamento, por que uma ideia ainda não validada não pode entrar na aceleradora?
O processo de validação faz parte do programa de aceleração mas isso não significa que o produto não esteja em funcionamento. Agregamos mais valor em uma fase onde o produto tenha sido pensado, testado, mudado, os membros da equipe já tenham trabalhado junto. Afinal, os seis meses de aceleração presencial passam bem rápido.
Quantas startups a Gema terá no máximo?
Até 10 startups a cada 6 meses.
Vocês vão ficar com uma parte da empresa acelerada?
Ficaremos com, em media, 15% a 20%.
Existe algum nicho de empresa dentro das B2B que interessa mais a vocês?
Não temos um foco específico dentro do modelo B2B, mas avaliamos as áreas nas quais podemos agregar mais valor. Mobilidade é uma delas.
Caso uma candidata a aceleração não tenha alguns dos funcionários que vocês “exigem”, ela pode contratar após a aprovação do projeto pela Gema?
A avaliação do time faz parte do processo seletivo. O que pode acontecer é que, caso exista um interesse mútuo entre a Gema e “ela”, deixamos como “dever de casa” que ela complete a equipe e volte no próximo ciclo.
Vocês falam em ser uma aceleradora que deixa a startup se focar menos na burocracia. Vocês acham que é isso que desvia o foco das startups, a burocracia?
Sim. Os empreendedores muitas vezes estão empreendendo pela primeira vez e precisam tomar decisões importantes que vão afetá-los no âmbito tributário, por exemplo. Além disso, a burocracia demanda tempo deles; tempo esse que é super precioso nesse momento e que deve ser usado para criar um produto fantástico.
Qual o objetivo maior da Gema como aceleradora e o que a diferencia das outras?
Queremos aumentar as chances de sucesso das startups, que sejam negócios sustentáveis e “redondos”– contábil e juridicamente preparadas para crescerem–, rentáveis acima de tudo. Por isso estamos oferecendo o apoio completo acima da média para tal.
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