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Fabricantes de smartphones, entendam: todo anúncio precisa de preços e datas de lançamento


Enquanto a Nokia apresentava o Lumia 920, provavelmente um dos celulares mais empolgantes de 2012, as ações da empresa estavam estáveis na bolsa de valores. Os funcionários finlandeses contavam todas as magias que o novo aparelho tinha. Mas Elop encerrou o evento sem dar preço ou prazo de lançamento. Saiu do palco como se o dever da Nokia tivesse sido cumprido. Não havia. As ações caíram 15% nas horas seguintes. A Motorola repetiu o erro horas depois. E apenas a Amazon, dos lançamentos da semana, fez o mínimo que um evento de tecnologia deve ter hoje: prazos, preços e pré-venda.

Eis uma receita que não funciona: mostrar algo incrível e esquecer de fornecer detalhes importantes para seus clientes. O Lumia 920 tem uma câmera animal, aparentemente é um dos smartphones mais incríveis que a Nokia já fez, mas o que aconteceu após o evento de quarta-feira: a empresa viu as ações despencarem por falta de detalhes e se viu envolta em uma dor de cabeça enorme envolvendo fotos e vídeos que não foram feitas com o aparelho. O que era para ser o fortalecimento da Nokia no mundo dos smartphones, a esperança de emplacar um aparelho high-end num mundo de iPhones e Androids, se tornou um pesadelo. E isso tem a ver com pressa. Uma pressa aparentemente burra.

Há quase dois meses nós já sabíamos que a Apple deveria marcar um evento para o dia 12 de setembro. Na última semana, chegou a confirmação. Porém, poucos dias antes, várias marcas decidiram mostrar suas armas antes do aguardado iPhone 5. Nokia, Motorola e Amazon mostraram novos aparelhos na última semana. Cinco smartphones foram anunciados. Apenas um deles tem início de vendas e preço já definido nos EUA — o modelo mediano da Motorola, o Razr M. Razr HD, Razr HD Maxx, Lumia 920 e Lumia 820? Ninguém sabe, ninguém viu. Os rumores dizem que a Nokia só lançará o 920 no dia 2 de novembro nos EUA. Mas as pessoas querem o aparelho agora.

Eis o que vai acontecer na terça-feira: Tim Cook irá apresentar um novo iPhone, mostrará um slide dizendo que ele começa a ser vendido no mesmo dia, pelo mesmo preço do modelo anterior, e que as entregas devem começar em duas semanas — e as vendas em lojas físicas também. Milhões de americanos irão entrar no site da Apple na mesma hora e encomendar um. Em poucas semanas o aparelho chegará em mais uma dezena de países (e ouvimos de boas fontes que pela primeira vez o Brasil estará nas primeiras levas, chegando aqui em tempo recorde). Este roteiro funcionou perfeitamente com o iPhone 4S — um aparelho que após o lançamento foi considerado uma “decepção”, muito mais por causa da expectativa criada pelo tal iPhone 5. No primeiro fim de semana, 4 milhões de iPhones foram vendidos. Arrisco dizer que esse número será ainda maior dessa vez. Um dos motivos será a ausência de grandes concorrentes nas lojas — nem mesmo o Galaxy Note II estará nas prateleiras. Do que adianta anunciar antes e só oferecê-lo depois que seu maior concorrente?

A Amazon é um bom exemplo a ser seguido. Na quinta-feira, a empresa anunciou um novo Kindle, abaixou o preço do modelo mais básico e lançou três novos Kindles Fire. Todos eles já estão em pré-venda no site da empresa, com uma carta de Jeff Bezos na homepage. Todos já têm preço definido. E, veja bem: o Kindle Fire HD 8.9, talvez o mais aguardado, só começará a ser distribuído em 20 de novembro — os outros chegam no meio de setembro. Mas ele está lá. Pronto para ser comprado. E por US$299. Do que adianta atiçar milhões de usuários, deixá-los empolgados, se seu aparelho não puder ser comprado? Pressa para anunciar e demora para vender: isso não funciona.

Pense no tanto de potenciais consumidores que a Nokia perdeu por não colocar uma pré-venda no Lumia 920. Muitos perderam a empolgação. Alguns ficaram bem revoltados com o caso do vídeo. Pense no tanto de expectativa criada em torno do aparelho até seu lançamento. Isso pode aumentar a frustração caso algo saia errado. É só ver a expectativa criada em torno do Surface, o tablet da Microsoft, que apesar de empolgante, ainda precisa responder uma lista enorme de dúvidas — e o preço e a data de lançamento, claro, são duas delas.

O mercado de smartphones anda um tanto saturado. Levas e mais levas são anunciadas trimestralmente. Com essa rapidez, anunciar hoje um aparelho sem preço, sem data de lançamento e com poucos detalhes é pedir para ficar para trás. Criar empolgação, hype e buzz durante um só dia, e neste dia o aparelho sequer é vendido, não adianta nada. E Nokia e Motorola não andam bem das pernas para se dar ao luxo de fazer isso.

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