No fim da última semana, da quinta para a sexta-feira, um vídeo começou a circular no Facebook e rapidamente se tornou viral. 32 mil compartilhamentos e mais de 5 mil likes. O conteúdo desse vídeo? Pornografia infantil. Não, ninguém aí leu errado.
As imagens em questão mostravam uma menina sendo abusada por um homem mais velho. E demorou quase oito horas (oito horas!) para que o Facebook tirasse o vídeo do ar. Obviamente, meio mundo de gente caiu em cima da política de tolerância do Facebook diante de coisas como essa.
Durante a permanência do vídeo no ar, a Timeline gringa, mesmo fora do Facebook, só falava disso:
E o que o Facebook disse?
“Temos zero tolerância para pornografia infantil no Facebook e somos agressivos em prevenir e remover esse tipo de conteúdo”.
Isso depois de oito horas com o vídeo circulando pelo site…
Mas o problema de pornografia infantil na rede social mais popular do mundo não surge agora. Publicar fotos de crianças peladas no Facebook pode se tornar uma dor de cabeça sem fim.
E se você está na por lá pelo ~feice~, é bem provável que já tenha recebido por e-mail pedidos de outras pessoas com mensagens implorando para o Facebook bloquear esse tipo de conteúdo.
Alguns exemplos na caixa de entrada:
Para banir conteúdos agressivos como pornografia infantil, o Facebook usa uma tecnologia da Microsoft chamada PhotDNA, software que identifica imagens que vão de encontro com a política do site. Só que tanto pelo exemplo da semana passada quanto pelas constantes petições para que a rede de Mark Zuckerberg tire esse tipo de conteúdo do ar, o PhotDNA e, portanto, o próprio Facebook, vem sendo bem conivente com a pornografia infantil.
Ironicamente, um vídeo com uma criança sendo estuprada por um homem demorou muito mais tempo circulando pelo site do que as imagens promocionais de As Hiper Mulheres, um documentário brasileiro sobre índias do Alto Xingu que traz as mesmas índias nuas (porque né?). Essas aí foram rapidamente censuradas pelo Facebook.
Pesos e medidas, no mínimo, estranhos.