Quando publicamos a história do levante jurídico do grupo BuscaPé contra o Google Brasil nos tribunais houve uma repercussão bastante interessante sobre a origem da contenda da empresa e seus possíveis impactos.
Eu mesmo me enfileirei junto aos que entendiam que a BuscaPé poderia estar reclamando apenas de ter que enfrentar alguma competição real em um mercado estagnado e um nicho especialmente monopolizável como o nosso.
Por outro lado, sempre argumentei que a estratégia do BuscaPé privilegia demasiadamente sua infra-estrutura de negócio em cima dos algoritmos de busca e indexação do Google, o que fatalmente em algum momento a tornaria refém de qualquer mudança não muito bem-vinda que o próprio Google faça neles.
Bem, digamos que agora eu tenha um pouco mais de razões para entender o que exatamente pode provocar a tal indigestão no Buscapé.
Minha fonte para essas novas informações foi um tweet do @AnonyOps e um post publicado hoje (13) por um projeto startup de diretório local chamado Mocality que lista gratuitamente negócios no Quênia, África. Prepare-se: it gets ugly.
Google caught being evil in Kenya. Tsk Tsk. bit.ly/x97qpL
— Anonymous (@AnonyOps) January 13, 2012
Em um post especialmente detalhado que foi publicado hoje em seu blog, a Mocality escancara os pormenores de uma auditoria que parece revelar práticas nem um pouco éticas para tomada no recorte de diferentes mercados. O alvo de suas denúncias: um gigante buscador desses por aí.
Segundo o post, a Mocality começou a perceber uma mudança drástica em alguns dos fluxos de SEO em seu projeto e, desconfiada, decidiu dar uma de Sherlock Holmes e empreender uma auditoria na imensa quantidade de chamadas em seu website e bases de dados online.