O filé do Google I/O foi ontem, com o anúncio da nova versão do Android, tablet Nexus 7 e Nexus Q. Mas o segundo dia da conferência do Google para desenvolvedores também teve suas surpresas — a maioria em software e, portanto, mais próximas da nossa realidade. Vamos ver o que eles mostraram no Moscone Center? Vamos!
Chrome para iOS
O rumor estava no ar e, como a maioria deles nos últimos tempos, este também se concretizou. O Chrome foi prometido para a App Store, em app universal (para iPhone e iPad) e… hey, já saiu! A versão para iOS sofre com as restrições da Apple a navegadores concorrentes em sua plataforma, mas encontra pontos para brilhar como a sincronia de dados com a nuvem, o gerenciamento exemplar de abas e o visual familiar da versão desktop.
Durante a apresentação, alguns números interessantes foram ditos. Segundo Sundar Pichai, SVP de Chrome e apps, o navegador da empresa já tem 310 milhões de usuários. Quanta gente, não?
Google Drive para iOS
O Google Drive para iOS já está disponível na App Store, também com versões para iPhone e iPad. Ele tem boa apresentação, permite visualizar arquivos de texto e outros formatos e até “piná-los” para acesso offline. Dá para organizar e alterar permissões de acesso pelo app.
Edição offline no Docs
Agora além do Gmail e Agenda, o Docs também conta com edição offline. Ela se baseia no Drive e, no momento, está restrita ao Docs (editor de textos), mas há planos para estendê-la ao web app de apresentação de slides. O recurso será disponibilizado ainda hoje e não tem muito segredo quanto ao seu funcionamento — é o bom e velho Docs, agora sem a necessidade de estar conectado à Internet.
Compute engine, concorrente da Amazon
É a resposta aos serviços na nuvem da Amazon, como o EC2. O Google já brinca com isso através do AppEngine, mas o Compute Engine, como a novidade foi batizada, vai além e dá ao usuário o controle de instâncias na nuvem para rodar aplicações web com alto desempenho e grande escalabilidade — ou, como disseram, em “escala Google”. Isso deve agitar as coisas nessa área e, com sorte, gerar mais competição em preços. Com Amazon, Google e Microsoft (Azure) brigando, aquele velho clichê se faz necessário: quem ganha somos nós.
Expansão da distribuição dos Chromebooks
O Google firmou um acordo com a Best Buy e a rede de lojas, que tem mais de 100 espalhadas pelos EUA, venderá os Chromebooks da empresa. Um acordo similar com a Dixons, do Reino Unido, está a caminho. O Chromebook pode até não vender tanto quanto o Google gostaria, mas não será por falta de empenho e oferta. Talvez pelos preços salgados, mas enfim.
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Hoje os participantes do Google I/O ganharam um Chromebox. Ele se soma ao Galaxy Nexus, Nexus Q e Nexus 7 distribuídos ontem, o tal “pacote do desenvolvedor”. Tudo grátis. Para 2012, o Google dobrou o preço do ingresso para o I/O, chegando a US$ 900. Os brindes distribuídos, porém, somam quase US$ 1.200 em valores norte-americanos — para o Brasil eu nem me arrisco a fazer o cálculo para não chorar de desgosto.
Parece um bom negócio: acompanhar grandes lançamentos ao vivo, participar de um monte de palestras e workshops sobre desenvolvimento e ainda trazer na bagagem uns brinquedos que são objetos de desejo de meio mundo. Será que em 2013 rola um Google Glass na faixa? [The Next Web, TechCrunch]